TZÃO DA FOTOGRAFIA

Bom...
Quem me conhece sabe que, há um bom tempo, eu curto fotografia. Mas só recentemente, quando ganhei de meu Tio Rubão sua máquina (a qual eu namoráva há anos!!), resolvi levar a coisa a sério.

Pois bem... Sábado passado eu curti uma emoção sem tamanho! Revelei meu primeiro filme, com essas mãozinhas minhas!!! Foi um tesão muito louco, quase orgásmico, ver as imagens surgirem no papel fotográfico como num passe de mágica!!! Fiquei pensando se todo mundo que se enamora da fotografia tem esse mesmo frissom na sua 'primeira vez'.

De repente, é meio por aí que a foto Digital não ganha terreno comigo. Do mesmo jeito que um cara te paquera e você nem dá chance pra criatura, pois, ainda não curada, olha pra ele e pensa naquela tranza fenomenal, quase que insuperável, que você teve com seu recente ex.

Migos meus já devem ter notado que o vírus da foto digital ainda não me pegou totalmente. Até mesmo porque, se isso tivesse acontecido, eu já teria me rendido à compra do devido equipamento. Não que eu queira tirar o mérito da foto Digital. Ela tem seu mérito, tem seu valor. O mercado editorial, praticamente, não usa mais outra coisa. Muito menos os aficcionados da internet. Mas eu, de novo, comparo a foto de película e a foto digital, com o bom e velho 'sexo'. Guardadas as devidas proporções, claro.

Para mim a foto de película é como 'fazer amor', rola um sentimento, uma química (literalmente!), um algo mais. Com aquela preocupação de que tudo seja perfeito! Com aquela ansiedade pra saber se deu certo. Com aquela vontade de que o resultado seja algo palpável... para ficar e durar.

Já o imediatismo da foto digital me remete a 'tranzar' apenas. Aquele sexo feito só para ver qual é, para curtir. Sem preocupação de como, quando, onde, com quem e no que vai dar...

Afinal, se não for lá essas coisas, a gente 'deleta', né?

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