FILOSOFANDO...

Outro dia, trocando "Umas e Outras" com a Clô, me deparei com um post dela sobre o conteúdo de sua bolsa.

Este meme do qual ela fala já rodou por aqui repetidas vezes também, e é mais velho que guaraná com rolha, mas ainda não havia me rendido a ele. Mas agora resolvi mostrar para vocês como anda minha bolsa atualmente.

O conteúdo é basicamente este aí. Já a bolsa, não aparece porque ela 'vareia'. Mudo praticamente todo dia. E sim, mudo tudo de uma para a outra sem preguiça e sem problemas. Já tem um bom tempo que abri mão das bolsas de couro e aderi às de tecido. Tudo, tudo culpa dela!

What's in my bag

Mas aí vocês perguntam: Por que só agora? Só por causa do post da Clô? Não... isso veio na rebarba da arrumação que andei fazendo lá em casa nas férias e do passeio que isso me forçou a fazer à memory lane.

Um tanto de coisa acumulada e guardada que vocês não têm loção!! Umas (a grande maioria, reconheço) até sem razão de estar mais ali, só ocupando espaço e atravancando o fluxo da energia. Outras, tesouros inestimáveis, como por exemplo uma caixinha de sapato, com último conteúdo da bolsa da Filósofa-Mãe...

O que tinha na bolsa de mommys


Olhar e tocar todos estes itens, além de despertar doces lembranças e nostalgia, me fez filosofar sobre alguns valores quando o assunto é grana, pelo fato de dar de cara com todo este dinheiro aí anos depois (Mommys faleceu em 1990).

Vivemos na realidade do bicho-homem eternamente insatisfeito. Diariamente tendo a gana de querer sempre mais... de trabalhar mais... de passar num concurso para ganhar mais... para de novo ter mais... e guardar... e o ciclo vicioso se repete... e a fera faminta dentro de nós nunca está satisfeita. Às vezes até nos podando de pequenos mimos e concessões para garantir o TER.

Mas daí, vem a vida e te dá uma rasteira, fecha cortina na sua cara e te convida a sair do palco rapidinho. Ow! Demoraí! E minha 'bagagem'? Nã, nã, ni, nã, não! Nada vai! Tudo fica!

Tome! Taí a lição, ó! Minha mãe foi-se jovem e era regrada como ela só. Raramente se dava presentes. Claro que sempre querendo o melhor para os seus. Mas muitas vezes (muitas mesmo) esquecendo de si mesma. Alias, se brincar, muito do que é o patrimônio da família com certeza devemos a ela. E daí... ela se foi e todo este dinheiro ficou lá... para ninguém usar. E desta vez, nem ela, nem nós.

O que eu quero dizer com tudo isso?? Que devemos sair por aí torrando o salário no minuto em que recebemos??? Claro que não! Quero dizer apenas que euzinha cheguei à conclusão de que, como tudo na vida, a relação com o dinheiro deve ser equilibrada. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra.

E como diz o tal do Vitor Hugo (na voz do Frejat):
Eu desejo!
Que você ganhe dinheiro
Pois é preciso
Viver também
Mas que você diga a ele
Pelo menos uma vez
Quem é mesmo
O dono de quem...

8 Pitacos:

Nani disse...

Filosou bonito! As fotos ilustraram muito bem! Lindas palavras!
Beijos nostálgicos,
Nani

Sora Soralina disse...

Pois é, Nani...
Engraçado como às vezes coizinhas simples nos fazem parar para refletir, né?
Xro...

Suzana disse...

Concordo com tudo!
Adorei o cartão do Jumbo... Que nostalgia...
Bom feriadinho prolongado!
Beijos

Sora Soralina disse...

Procê tbm, Suzie!

Raquel disse...

Ué, nem se sabe se essa "dinherama" era tanto assim... de repente, se fosse converter, equivaleria a uns 20 reais de hoje, sei lá!

Parece estranho pra nós ver tanto dinheiro assim junto, ainda mais por vivemos o tempo da moeda estável, do dim-dim de plástico e do 'santo' cartão de débito, meu favorito... pode ser que fosse o normal das bolsas inflacionadas daquele tempo, vai saber!!

Bjs,

Quel

Sora Soralina disse...

É vero Quel... tbm considerei isso.
Mas de qualquer forma, a visão da coisa me fez parar para pensar, entende?
Até mesmo porque, a mãe era mesmo assim, né? Pensavam muito mais na gente...
E mesmo que tudo isso hj valha apenas um centavo de Real (e eu até acho que é bem por ai!)
Já valeu a reflexão.

conceição disse...

com certeza tudo naquela bolsa era nescessário porque, dona Aparecida era muito prática, dádiva que eu não conseguí aprender.

Lúcia Helena disse...

Concordei e concordo plenamente e já passei p/esta etapa de vida, da qual dela só se leva o que viveu. E por falar nisso tenho algumas relíquias (do meu pai) que até hoje conservo, não serve p/mim, mas não consegui jogar fora.