ROSÉ

No que diz respeito a vinhos, basicamente, só tenho preconceitos para com os ruins e os muito doces! rsrsrs... Não segrego nacionalidades, nem cor!

Hj em dia minhas preferências andam na seguinte ordem: Espumantes (champs, frisantes e labruscos tintos e brancos), tintos, rosés e por fim o branco.

Engraçado como as coisas mudam...

Minha iniciação ao mundo do vinho aconteceu qdo, ainda adolescentes (por volta dos 17), para fazer uma graninha extra, particei de uma seleção da Almadén para trabalhar como recepcionista em seu stand na Feira do Vinho (acho q hj nem existe mais, né?). Na época, tinhamos que estar lindas, maravilhosas, glamurosas, sorridentes, maquiadas e no salto por 10 horas seguidas! Mas tbm era esperado de nós que realmente soubéssemos articular um conhecimento básico de vinhos, principalmente a respeito dos da casa. Então, antes da Feira começar, éramos treinadas por um enólogo da própria vinícola sobre métodos de produção... castas... cortes e harmonização. E para não despediçarem esse treinamento éramos chamadas para todas as edições da feira ano-após-ano. Nessa época me apaixonei pelos brancos: chardonnay, sauvignon blanc, riesling, gewurztraminer... Hoje, tudo mudou e minha quedinha maior é pelos tintos: carmenére, shyraz, tannat e merlot.

Gente, viajei! Pra onde eu ia mesmo??

AH! O Rosé! Pois é... o rosé sempre foi um vinho do qual eu sempre gostei. Tá certo que nunca o coloquei em primeiro lugar, mas ele sempre esteve ali, presente... sem preconceito algum.

Ano passado já havia lido algo sobre a 'ressureição' do Rosé. E hj acabei de ler outro a respeito do mesmo assunto. Pelo visto realmente é uma tendência.

Pra vcs que ainda tem algum preconceito para com este vinho, leiam este artigo e abram suas mentes... e suas adegas!


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O VERÃO É ROSA
[11/01/2006]
Coluna Antonio Duarte para o site www.querocomer.com.br

A nova onda do verão vai ser o vinho rosé. Há muito esquecido, por puro preconceito, diziam que era vinho de mulher. Mas a bebida já foi sensação no Brasil. Qual o cinquentão que não se recorda do Rosé D'Anjou, seu exemplar mais famoso? Já enfrentei muito Rosé D'Anjou, Mateus Rosé e outros. Não sei porque de repente desapareceu das importadoras, mas não na Provance, onde é muito popular e nunca deixou de ser moda. Agora retorna com força. Diversos produtores, em pequenas quantidades, é verdade, voltam a produzi-lo. Hoje estão na "onda" em Portugal, Espanha e Califórnia.

No Brasil, algumas vinícolas estão apostando nele e já começaram a lançar rótulos no mercado, como a Casa Valduga, que elabora o excelente Duetto Rosé, um corte de Sangiovese e Barbera, e a Rio Sol , no Vale do São Francisco.Em dezembro do ano passado, resolvi matar a saudade e pedi um Mateus, para acompanhar uma salada de alface, aspargos, tomate seco e fresco com mussarela de búfala. Fazia uns 20 anos que não bebia este que já foi um dos mais vendidos no mundo, principalmente nos Estados Unidos.

De pronto, os aromas de infância brotaram, quando senti um certo "rebuçado" e me recordei dos famosos "Rebuçados de Lisboa", fabricados numa indústria no Largo do Estácio, na época em que bala no Rio era só guloseima.

Os rosés são vinhos com características de branco, aromas dos tintos, frutas vermelhas, framboesa, morango, groselha e florais como violeta. Esses aromas se apresentam de forma mais sutil, o que lhes confere uma maior estrutura gustativa. São quase sempre dotados de uma boa e refrescante acidez e têm mais corpo e densidade que a média dos brancos. São extremamente versáteis e acompanham pratos mais estruturados onde o branco, geralmente ficaria mais leve. Harmonizam com uma vasta gama como peixes, aves, carnes, risotos, massas e pizzas. São vinhos para serem bebidos nas regiões de clima quente. Portanto é o vinho ideal como aperitivo, para nossos dias coloridos e ensolarados. São vinhos para o nosso verão. Leves, refrescantes, devem ser bebidos bem frescos, entre 8 e 10 graus, e jovens para podermos desfrutar de toda a sua juventude.

Este vinho não deve ser guardado por muito tempo. Seu método de elaboração é muito parecido com o branco. Pode ser feito de duas formas. A primeira, chamada em Portugal de "bica aberta", consiste em prensar as uvas tintas, recolhendo o mosto (sumo de uvas frescas antes da fermentação), sem misturar a película e fermentar como branco, extraindo apenas a cor necessária para lhe conferir o tom rosado. A segunda é fazer uma sangria no tanque onde se elabora o tinto, retirando parte do líquido do mosto, para obter um suco com leve presença de cor e tanino e fermentá-lo em outro depósito.

Algumas sugestões de harmonizações com vinho rosé:
» Escalopes de vitela
» Peixes e frutos do mar
» Bouillabaisse
» Coelho ao forno
» Quiches
» Salada de macarrão com pimentão
» Verduras na chapa
» Lasanha vegetariana
» Tomates recheados
» Caracóis
» Massas de molho vermelho
» Creme de espinafre
» Truta
» Lula en su tinta
» Paelha valenciana
» Zarzuela de pescado
» Risotos de frutos do mar e de pescado
» Risotos de legumes com camarão
» Pizza portuguesa e de legumes
» Saladas
» Sanduíches
» Entradas frias etc.

1 Pitacos:

Anônimo disse...

Oi Soraya,
Tudo bom? Adoro vinho mas, como você, não vejo um Rose ha alguns anos.
Engraçado como tudo é uma questão de modismo.
Neste verão então ,ele tem tudo a ver...
Valeu a dica.. Vamos ressucitar o Rose.
Beijão, Júnia.