PROUD TO BE BLACK

No pic-nic de sábado rolou novidade gastronômica que garimpei num super lá no sul e tava doida para estrear: arroz preto Ruzene.

O arroz preto não tem nada a ver com o arroz selvagem, viu povo? Ele lembra mais o arroz integral, com um grão curto e levemente arredondado nas pontas, só que com coloração preta (dahn!). E, comparado ao irmão integral, o preto tem 20% a mais de proteína, 30% a mais de fibra, menos gordura e menor valor calórico.

Contam por aí que o arroz preto teve sua origem na China, há mais de 4 mil anos. Lá era chamado de 'arroz proibido', pois era consumido unicamente pelo Imperador. Cabendo aos seus súditos apenas a produção do grão. Provavelmente, desta exclusividade quase divinal, ele ganhou a fama de afrodisíaco.

Como notei que, mesmo ainda cru, seu aroma é bem rico, resolvi não apostar de cara numa versão solo. Então, misturei apenas 1/2 concha dele à duas xícaras do arroz normal e fiz a receitinha padrão. Apesar de ser preto, ao adicionar a água quente ele soltou uma pigmentação vinho, o que deu um tom rosado ao arroz branco, fazendo com que nossa opção de prato combinasse perfeitamente com nossa opção de copo, visualmente falando. No que diz respeito à impressão deixada nos outros sentidos sua textura é macia, com aroma e sabor acastanhados que, para mim, lembraram muito os da batatinha barôa. Gostei muito. A mistura foi na medida para acompanhar nosso strogonoff.

Agora, acho que sua versão ‘desacompanhada’ merecerá um prato menos adocicado para lhe fazer companhia, talvez uma carne assada (bovina ou suína). No site tem também receitas de paella e de risoto. Well... Food for tought. Literally...
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