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BREAKFAST

Eu adoro café da manhã de hotel!
Principalmente quando dá pra fazê-lo em casa!
Na fota, suco de laranja espremido na hora e eggs-in-a-nest...
Yummy!

LANCHINO ULTRA-LEVE

Ontem cheguei em casa e rolava todo um frisson calorístico! Eu cheguei esbaforida, suando em bicas... Tobias agitado, querendo se enfiar debaixo da torneira, querendo descer pelo ralo... a casa inteira abafada e quente parecendo uma estufa!

Ai! Muita calma nesta hora! Antes de mais nada... banho geladinho, para acalmar os ânimos e a mente para mim, e muita água fresca para o Tobias!

Depois sim... corpo apaziguado, fomos lidar com nossa fominha. No meu caso, apesar de estar com fome,  não queria comer qualquer coisa! Queria algo bem refrescante e leve para lanchar. Lembrei logo do monte de acerolas que Filósofo-Pai me deu outro dia e que eu diligentemente lavei, sequei (uma a uma!) e congelei. Ao abrir a geladeira para ver o que iria acompanhar meu suco, dei de cara com o pão folha e com rúculas fresquinhas. Enigma resolvido! E acabou-se o mistério aí mesmo:



Rolou, então, um sucão de acerola, com bastante gelo e 3 lasquinhas de gengibre que estavam dando sopa por ali. Gente, pensem numa bebida refrescante! A combinação que arrisquei foi perfeita!

Para comer, fui de pão folha light da Rap10, 'maquiado' com um patê rápido feito com atum em água, maionese light, pimenta dedo de moça, cebolinha, sal e pimenta do reino. Casado com ele, uma fatia fina de queijo, folhas de rúcula e pronto!!

Fica aqui a dica! Sim... porque este post aqui, nem pode ser considerado uma receita, neam?!  ;-)

Experimente aí e me conta...

CARRRRRNE!

Eu confesso... já tentei deixar de comer carne vermelha várias vezes, sem sucesso. Já até consegui ficar sem ela um bom tempo! Mas aí vem uma larica carnívora... sabe-se lá de onde... e pronto! Tenho que comer um senhor bife.


E foi exatamente esta larica por carne que baixou em mim ontem. Tive que sair numa expedição em busca de um bom pedaço de carne. E os pedaços mais BBB (bons, bonitos e baratos) que achei foram uns cortes de picanha.

Chegando em casa a dúvida: como fazê-los?? Não queria simples bifes na frigideira, e venhamos... picanha merece algo melhor que isso, né? Resolvi, então, inaugurar duas coisas que ainda não havia usado... uma delas foi uma lista de dicas para grelhar carnes de um livro que ganhei recentemente, O Chef Profissional (a 'bíblia' do Instituto Americano de Culinária), e o outro foi a chapa de ferro fundido que herdei de migosmeus.

Como a 'Bíblia' é direcionada para chefs e restauranteurs, eles usam um charbroiler. Eu fui de chapa mesmo, e não fez tanta diferença assim não. Com exceção disso eu segui quase todas as outras orientações:

Comprei os bifes já recém-cortados, mas fica a dica: escolha uma boa peça de picanha. E não se iluda! Ela não deve pesar mais do que 1 kg. Fique ligado! Se pesar mais que isso vc corre o grande risco de estar levando tbm coxão duro, pelo preço de picanha!


Corte-os mais ou menos na largura de 2 dedos, e tempere-os no máximo 5 minutos antes de grelhar. Mais que isso fará com que o sal drene todos os sucos da carne, e assim vc não terá bifes suculentos.

A picanha não precisa de nada além de sal grosso e pimenta do reino, moída na hora! Não carece inventar temperos mirabolantes com esta carne tão nobre. Apenas cubra os dois lado dos bifes com as 'perolas' de sal e a pimenta, enquanto aquece a grelha. É tempo suficiente.


Unte a grelha com óleo, mas sem encharcar. Isso fará com que os bifes não grudem na hora de virar, e assim você não perde os caldos que dão a suculência da picanha bem feita.



Com a grelha bem quente, abaixe o fogo para fogo médio e deite os bifes nela usando uma pinça (nada de espetá-las com garfo, pelo mesmo motivo dito acima). 'Sele' rapidamente os dois lados e depois é só deixá-los lá por cerca de 4 min de cada lado para um bife ao ponto, e  6 min para um bife mais para bem passado.

Como minha gana era apenas pela carne per se, eu fui de saladinha de folhas e nada mais! Nada de arroz... nada de batatas... nada de feijão... eu queria sentir todo o sabor da carne. Simples assim: rúcula, alface, tomatinhos grape, castanha de caju e lasquinhas de parmesão. Tá bom, tá bom! Não tããão simples assim! Rsrsrs...



Mas veja só... como o uso correto dos temperos e do tempo de fogo fizeram milagres: mesmo meus bifes não sendo exatamente da espessura recomendada, eles ficaram dourados por fora e divinamente suculentos e rosados por dentro, e sem 'mugir'!

PER-FEI-TOS!

Experimente as dicas aí tbm. Vale super à pena!

QUEIJO BRANCO CASEIRO

Desde que vi este post da Luxirare, onde ela faz bolinhas de mozzarella caseira, eu sismei que queria fazer queijo em casa.

É claro que não iria me arriscar a começar num nível tão avançado! Então, saí à caça da receitinha básica perfeita (para mim!). Depois de fazer uma busca nos diversos blogs que sigo, achei uma receitinha bem legal da Patrícia.

Mas como eu não podia deixar de ser euzinha, fiz alguns ajustes, e combinei a receita dela com uma do Cybercook. Até mesmo porque eu precisei, devido a algumas limitações minhas. Mas  não é que deu certo?! Ficou uma delícia e lindo (espia só a fota mais abaixo!). Eu tô super orgulhosa de mim 'pópria'!! Até mesmo porque, achei que seria algo de outro mundo, com risco de ser um desastre total!!

Mas vamos lá, então...

Para um queijinho (9 cm de diâmetro e uns 5 cm de altura) vamos precisar de:
1 lt de leite integral
4 clh sp de vinagre branco
2 clh chá de sal marinho
Quanto aos utensílios, vc vai precisar de uma peneira, um pano de prato virgem, que depois vc guarda só pra isso (eu comprei um algodão bem teladinho chamado 'murim') e algo vazado que sirva de fôrma. Eu usei um cortador de massa redondo que eu tenho e o coloquei sobre uma grade, improvisada (meu porta talher) forrada com o murim, e tudo isso sobre uma assadeira para recolher o líquido drenado.


Ferva o leite. Quando ele começar a levantar fervura coloque o sal, e o vinagre (colher por colher). Deixe ferver por mais uns 4 min. Ele irá começar a talhar e a separar o soro. Com uma escumadeira recolha o qualho e coloque na peneira forrada com o pano. O meu leite não separou todo de uma vez. O líquido que sobrou na panela ainda era bem branco (não só soro). Seguindo uma dica da Patrícia, coloquei mais 2 colheres de vinagre e deixei ferver mais 3 min. Aí sim separou tudo, e juntei mais qualho à peneira.


Ainda quente, torça levemente o pano, retire a bolinha de massa e coloque na forminha já preparada. Pressione de leve, cubra com a outra ponta do pano e leve à geladeira por pelo menos 6 hrs. Desenforme e pronto!


A textura é de um queijinho bem fresco, de sabor bem leve e delicado!  Ah... E depois de uma noite na geladeira, ele fica um pouquinho mais firme. Como esse meu aí ó...


Hum... Diliça! Diliça!

Próxima parada: Labna (queijo de iogurte) e, quem sabe... Mozzarella!

SANGRIA

Photo by Sendi Moraes, from Revista ÉPOCA

Na revista ÉPOCA da semana passada pintou uma matéria falando de como a sangria está despontando na cena do verão brasileiro em bares e restaurantes.  Bebida refrescante de origem espanhola, ela sempre foi item obrigatório das cartas de restaurantes  'hispanos'. Só que agora tem ganhado lugar de destaque também em cardápios de bistrôs e outros restaurantes contemporâneos (inclusive indianos!), com receitas variadas que ganham até flores comestíveis.

Isso me remeteu ao sucesso da sangria que faço (já há duas edições) na festa de Ano-Novo, lá na casa do Filósofo-Pai. E realmente... ela é uma bebida simples de fazer, que é leve, refrescante e com uma cara de 'festa' incontestável, pois seu visual - não importa se apresentado em poncheiras, jarras ou outros recipientes (da última vez usamos um filtro de vidro transparente) - contribui para a decoração de qualquer  mesa.

Espia só como é fácil...
SANGRIA SORALINA
2 garrafas de vinho tinto demi-sec
1 garrafa de espumante do tipo moscatel
1 garrafa (2l) de soda diet
1 maçã vermelha
1 maçã verde
1 xic de uvas sem semente cortadas ao meio
1 carambola fatiada finamente
1 laranja cortada em rodelas finas (tire as sementes)
2 paus de canela
3 estrelas de anis ou 10 sementes de cardamomo (opte por uma, pois ambas têm aromas e sabores muito marcantes)
5 cravos
300 ml de água
gelo

Deixe para fazer a mistura já no momento de servir. 

Repararam que minha receita não tem açúcar? Não, eu não esqueci. É que as frutas, o moscatel e a soda são o suficiente para dar o tom doce desta sangria, pode acreditar!

Com antecedência:
- Coloque todas as bebidas para gelar. Aprendi recentemente, por exemplo, que a gente pode pôr o espumante no congelador sem medo de que ele congele ou exploda! 
- Pique as frutas com carinho, mas lembre-se de espremer um limão sobre a maçã e a carambola para evitar que elas escureçam.  
- Em uma panela, coloque a água e as especiarías. Deixe ferver por 5 minutos e reserve este 'chá' (sem coar!)na geladeira até a hora de fazer a mistura.

Já pertinho da hora de servir, misture o chá de especiarias com todos os outros ingredientes. O gelo é a gosto, mas com as bebidas já bem geladinhas, você não precisará de muito. E é melhor ir colocando aos poucos, à medida que for esquentando, para não deixar a mistura muito aguada.
Esta receita serve aproximadamente umas 20 pessoas. Agora, você pode fazer variações sobre a base das bebidas... A dica das flores comestíveis, folhas de hortelã e de manjericão, por exemplo, é bem legal, e você também pode usar outras frutas de sua preferência (morango, pêssego, cereja, kiwi, lima-da-pérsia, bolinhas de melão e melancia...). O chá de especiarias pode ser incrementado com capim-santo, maracujá ou com cascas de abacaxi. Já a  'cor' de sua sangria também pode ser outra, que não a do vinho tinto, para isso substitua-o pelo branco ou pelo rosé. Mas, please... escolha sempre vinhos bons, e de preferência da mesma casa, para que sua sangria não se transforme numa bomba etílica!

No mais... ¡salud!



CASAMENTO INTERNACIONAL


Já há algum tempo estava com vontade de comer um purezinho de batata à moda americana. Firme mas saboroso, bem do jeito que eu gosto. E hoje eu tinha batatas e carninha moída, para fazer aquele casamento perfeito, sabe. Assim... bem transbortante de umami!

Voltando ao purê... Em uma de minhas idas à terra de Tio Sam, migomeu Nathan (maridòn de Dorita) fez e me ensinou a manha de seu smashed potato. É simples e prático (ordem do dia atualmente!).

Vamos lá, então...

Cozinhe bem as batatas, em água com sal. Com elas ainda sapecando de quentes - leia-se 'direto da panela' - amasse rapidinho no espremedor. Cuidado com os deditos! Coloque na batedeira (sim!) e bata ligeiramente, acrescentando manteiga (nada de margarina, please!), sal, nóz-moscada e pimenta do reino a gosto (vá provando, oras!). E... Pronto! Ele fica tão firme, que dá para você brincar de 'n' formas com a apresentação.

Para acompanhar fiz uma carninha moída beeem temperadinha (alho, cebola, sal, pimenta do reino, canela em pó), apenas refogadinha no fio de azeite (beeem devagar e com muito carinho no uso da colher de pau!), com cubinhos de berinjela, mezza-lunas de tomate cereja e chuva generosa de cheiro verde. Ela ficou sem molho, mas bem molhadinha, se é que você me entende. E o aroma da canela... Ah, o aroma de canela! Nem me fale! Ganhou a casa inteira! E olha que foi só uma pitadinha (em excesso ela amarga e toma de conta)!!!

Coordenei as panelas para que ambos ficassem prontos juntos.

Sincronia perfeita: no timing e no sabor!

Faz aí e me diz o que você achou, vai!

**********
UPIDEITI

Por não levar leite ou creme de leite, o purê congela super-bem! Testado e aprovado!

ENTRANDO COM UMA BOA ENTRADA

Com disse antes... passei os finalmentes de 2009 por aqui mesmo. E se o Natal foi com a Coelhada, o Ano Novo havia de ser com o Filósofo-Pai. Que se superou, diga-se de passagem! Para dar o 'olé' na chuva ele montou tenda, armou 'circo', e até arquitetou uma cascata, para que pensássemos que tudo aquilo que caía do telhado fazia parte do mis en scène festivo. Ainda bem que São Pedro resolveu nos dar uma folga bem na virada. Benção esta que, infelizmente, não alcançou todo o mundo.

Bom... 60 pessoas rindo, e dançando, e farreando... e houve comida e bebidas para todos, sem nenhum esforço dos anfitriões. O reveilon compartilhado na casa de Filósofo-Pai já é tradicional e a colaboração funciona comme un charme.

Eu e Filósofa-Irmã resolvemos levar algo leve - tanto de beber, como de comer -, para ajudar a manter o bom comportamento alcançado por nós desde o Natal. Fomos de ponche rhyco (receitinha depois) e saladinha de arroz. Coisinha pheeena, diferente, simples e rápida de fazer, sem falar deliciosa de comer. Salada esta que voa solo com uma carninha assada que é uma beleza! E outra: tem uma cara linda,  que faz todo mundo querer provar. Vc pode vestir ela pra festa numa travessa, ou fazer as vezes de entradinha, com porçoezinhas individuais (como esta que fiz para a foto), no caso de um encontrinho mais petit comité. Oh lá lá! E não é que lembrei de migaminha Glau, agora. Ela é que curte a língua de Napoleão e se amarra numa entradinha très chic!



Tô viajando no francês macarrônico, né?! É que me empolguei com a idéia da saladinha, que me veio ao dar de cara com a linha de arroz especiais assinada pelo vitaminado do Olivier Anquier. A linha se chama Ateliê Namorado by Olivier Anquier, e traz para nós 16 variedades e combinações de tipos diferentes de grãos. Aqui em BSB só tenho achado a dita em mercadinhos do tipo gourmet.

Para esta salada me atraquei com a combinação Arroz Selvagem+Quinua+Arroz Parbolizado. E sem mais delongas... Allez!

Para fazer uma travessa (que serve moooito bem 6 pax) você vai precisar de:
Para a salada
1/2 pct do dito arroz (cozido como macarrão, com sal a gosto, al dente, escorrido e frio)
1/2 vidro de palmito picadinho
12 azeitonas verde picadinhas (isso mesmo, só 12!)
1 cenoura grande ralada
1/2 pimentão vermelho picadinho
5 rodelas de tomate seco picadinhas
8 damascos picados em cubinhos
1 cabeça de alface americana ou endívias  (para 'aparar' a salada na travessa,  ou para servir de 'conchinha' para as entradinhas)
Rúcula rasgadinha (ou manjericão) a gosto

Para o tempero
Suco de um limão grande e suculento
Um booom fio de Azeite honesto (no meu caso, generoooso)
1 clh sobremesa de mostarda com grãos
Cheiro-verde tbm ao gosto do freguês
Sal e pimenta-do-reino para acertar o tempero


Modus Operandi
Misture todos os ingredientes da salada. Reserve na geladeira. Junte todos os ingredientes do tempero numa tijelinha a parte, menos o sal e a pimenta do reino.  Como o arroz foi cozido com sal, a azeitona tem sal, o palmito tbm e o seu tomate seco tbm pode ter sal, muita calma nesta hora! Misture tudo muito bem e guarde na geladeira. Na hora de servir incorpore o temperinho à salada, misture bem e prove um 'bombocado'. Aí sim acerte o sal, coloque a pimenta-do-reino recém-moída... et voilá! Está pronto para servir, como vc bem entender.
Esta saladinha permite 'n' variações! Viaje e se jogue, ok? Ah! e depois me conta como foi!

Vou ficando por aqui... e como dizem os inglêses: Pardon my french!

COZINHANDO NA ILHA DE CARAS


Que eu adoro cozinhar, isso já não é novidade há muito tempo. Eu até já tentei explicar um pouco desta minha relação com a comida aqui. Cozinhar para os queridos (família e amigos), então?!?  Prazer puro!

Há muito tempo já havia feito a promessa de cozinhar especialmente para a turminha do trabalho, na casa de uma amiga muito querida. E a oportunidade surgiu recentemente.

Como ela havia voltado da terrinha com um suprimento de camarões respeitável, esta era a deixa para definirmos o tema do cardápio. E o desafio se instalou definitivamente quando eu me toquei de que teríamos coleguinhas vegetarianos no pedaço.

Mas a solução logo se fez presente, sem eu ter que pensar muito: a estrela do cardápio seria um bobó de camarão e sua versão veggie, o bobó de palmito. Para acompanhar: arroz branquinho mesmo - apenas perfumado com alecrim - e uma saladinha de kani desfiado com cebolas (receita aqui tbm depois). É lógico que para coroar tudo isso, houve boa bebida (hum... champs rosé!), cenário de 'Ilha de Caras' e o ingrediente principal: excelente companhia. Precisava de algo mais? 'Oblóvio' que não!


Eu, particularmente, fiquei muito feliz com o resultado e, de acordo com os convivas de plantão, parece que estava tudo do agrado. Eu agradeço humildemente todos os gentis elogios. Thanks guys!

Então, divido aqui com vcs o bem sucedido modus operandi do(s) bobó(s), receitinha herdada (em vida!) de minha Tia Gláucia:
BOBÓ DE CAMARÃO DA D. GLÁUCIA
2 kg camarões graúdos (descascados e limpo)
1 kg de mandioca (cozida e processada, ou espremida, ou amassada no garfo mesmo. Nunca use o liquidificador pois vc pode queimar o motor!)
3 vidros de leite de côco
3 vidros de leite de vaca (aproximadamente)
1 kg tomates maduros (bem picadinhos)
2 cebolas grandes (bem picadinhas)
1 xic de cheiro verde (bem picadinho)
2 limões
I clh sp colorau
Sal
Pimenta
Azeite / Azeite de dendê


Tempere os camarões com o suco dos limões e com uma colher de sobremesa rasa de sal. Só e somente só. Em minha família não se usa alho em quase nenhum fruto do mar (raríssimas exceções). Aqueça uma panela grande e funda (aqui usei uma daquelas de barro), deite um generooooso fio de azeite, descarte o caldo do tempero dos camarões e vá colocando eles na panela devagar. Não se assuste! Eles vão soltar água para caramba! E é nessa água que eles vão cozinhar. Ela é a conta exata de deixá-los no ponto certo. Aliás, este é o segredo do camarão macio (e não borrachudo!): nunca coloque água nele! Abaixe o fogo e vá mexendo. Quando ele secar, deite um fio (este não deve ser generoso!) de azeite de dendê, salpique o colorau e dê uma mexida ligeira. Acrescente as cebolas e mexa até elas ficarem transparentes. Acrescente os tomates e mexa até começarem a desmanchar.

Abre parêntesis... (Até aqui vc pode fazer na véspera!) Fecha parêntesis...

Acrescente a mandioca amassada às colheradas e vá incorporando cada uma delas, delicadamente,  antes de acrescentar a próxima. Tem gente que usa de um engrossado de farinha-de-trigo nesta etapa, outros já usam de miolo de pão-de-forma demolhado. A receita da minha tia é com o purê de mandioca. Eu acho muito mais saboroso e sua liga resulta numa consistência bem cremosa que me agrada muito mais. Acrescente o leite de côco, e vá acertando o ponto com o leite de vaca aos poucos até chegar à consistência certa, que é a de um purê de batata um cadinho menos firme. Nada de mingau ralo, pelamordeDeus! Agora é só acertar o sal, apimentar ao gosto (se do gosto, claro!), incorporar o cheiro verde e servir quentinho e com arroz branquinho.

Para a versão veggie, basta vc substituir o camarão por dois vidros grandes de palmitos lavados, escorridos e cortados como meia-lua (meia rodela grossa). Uma vez que ele já está cozido vai tudo mais rápido e a ordem da execução da primeira parte (antes da mandioca) tbm muda um pouquinho, ficando assim a sequência: azeite, cebola, palmito, dendê, tomate. Da mandioca em diante é tudo igual. Mais simples, impossível!
E como dizia minha Vó Carolina... O cumê tá na mesa!!!

PRAZER, CROQUE MONSIEUR

Neste findi teve visita deliciosa lá em casa. Oportunidade perfeita para repetir a dose de uma receitinha da qual me lembrei recentemente, ao compartilhar modus operandi numa reunião no trabalho.

Bom... Muito prazer eu sou o Croque Monsieur. O nome é baseado no verbo croquer ('tostar') e na palavra monsieur ('senhor') — já a razão para se ter juntado as duas, sabe-se lá qual é! Anyway... Originalmente ele seria nada mais, nada menos que um sanduíche de queijo e presunto gratinado no forno, mas dentre outras mudanças necessárias interessantes, me enamorei da idéia de fazer porçõezinhas individuais dentro de ramequins (mini forminhas refratárias de souflê).

Com tudo já meio que maquinado na caixola, parti para a ação.

Para estes 3 mini-croques, você vai precisar de:

06 fatias de pão de forma.
06 fatias de queijo mussarela.
01 linguiça calabresa (ralada no ralo grosso).
04 azeitonas sem caroço (cortadas em rodelinhas).
01 ovo (com a gema peneirada)
01 xíc de chá de creme de leite.
01 pedaço de queijo Gorgonzola. (O pedaço é pequeno, do tamanho de um 'polenguinho', só pra dar sabor).
01 xic de chá de parmesão ralado na hora (nada de parmesão de saquinho pelamordedeus!)
Sal, pimenta-do-reino e noz-moscada a gosto.
Orégano para salpicar (se vc não gostar, pode ser salsinha ou cheiro verde bem batidinho).

Corte o pão de forma do tamanho dos ramequins. Eu usei aqueles cortadores de massa., mas se vc não tiver um use de paciência e de uma faca afiada, não tem problema. Vc vai precisar de 2 fatias para cada ramequim. Forre os ramequins com uma fatia apenas. Bata no liquidificador o ovo, o creme de leite, o Gorgonzola (ou Gruyère ou Cheddar. Eu fui de gorgonzola pq sempre tenho em casa), o sal, a pimenta e a noz moscada. Pegue metade desta mistura e distribua sobre a primeira fatia de pão.

Corte as fatias de mussarela do mesmo jeito que o pão e coloque sobre a mistura, cubra-a com a calabresa ralada (tirar a pele facilita a 'ralação'). Era para ser presunto, eu sei, mas eu sou subversiva e não tinha em casa. Se vc é vegetariano viaje! Use mix de queijos diferentes ralados no ralo grosso, tomate seco, alho poró refogado, majericão, palmito e por aí vai. Arremate com umas 4 rodelinhas de azeitona. Coloque a outra fatia de queijo, a de pão e molhe-o com a outra metade da mistura cremosa.


Cubra com uma porção generooosa de queijo parmesão e decore com orégano e uma rodelinha de azeitona. Coloque os ramequins em uma assadeira e leve ao forno médio até derreter o queijo e dourar levemente.

Os meus, foram devidamente acompanhados por um leve vinho branco geladíssimo, para aplacar o 'calor'. Sucesso absoluto!

Ah! E o melhor de tudo: O croque congela super bem, visse?! Vc já pode montá-los, cobrir os ramequins com plástico filme e congelar! Na hora da precisão, eles vão direto-reto para o forno. Bão, né?

SALCHIRRÃO X MACARRICHA

Tôki tão atordoada que não sei dizer qual dos dois...


E nem sou tão fã da mistura assim, mas só sei que na hora que vi, me deu uma vontade louca de correr para cozinha e ver no que que dá! (Filósofo-sobrinho vai a-m-a-r!)

E não tem mistério não. É espetar as torinhas de salsicha com os espaguetes, tudo ainda crú. Cozinhar na água com sal, até o macarrão ficar al dente. Passar rapidinho num 'ái-ói' e... pronto. Carece de molho, não!

Dica de Rainha, que achou em um blog que achou em outro blog, que achou em um site russo.

Eu amo esta blogosfera!

QUANDO MENOS É MAIS

Vc não precisa vender um rim e gastar os tubos para montar "A" festa, animada, pheeeena e que vai deixar seus convidados lembrando dela (no melhor dos sentidos) por um bom tempo. Tisc, tisc, tisc... Não messss! Sério! As palavras de ordem que imperam nestas horas são criatividade + bom-gosto. E isso vale para TUDO. Decoração... agitos... cardápio... etc. Já dizia a Cris, esta Rainha e estas Rainhas tbm.

Nas férias ajudei uma amiga com uma festa que ela fez para juntar queridos de plantão. A decoração foi feita basicamente com balões e TNT, na paleta P&B, bem básico, bem clássico. Simples assim!


No buffet, belisquetes variados que puderam ser feitos por ela mesma durante a semana. Mas por incrível que pareça, foram os mais simples de se fazer que fizeram mais sucesso, diga-se de passagem. Um deles foram os espetinhos napolitanos com tomate cereja, queijo fresco e manjericão, confortavelmente acomodados numa caminha de sal grosso. Para dar um charme a mais, usamos palitos de dentes japoneses, que tem uma das pontas delicadamente esculpidas e podem ser achados em qualquer loja de produtos orientais.

O outro foi um caviar. Aí vc grita: "Caviar sem gastar os tubos?!? No way!" Calma! É que este não é um caviar qualquer (se é que isso existe!). É mais gostoso que caviar normal (os 'amantes' da cousa que me perdoem, mas... ARGH!) e bem parecido! Rsrsrs... Pois é... nós servimos um caviar 'veggie'. Sim... veggie de 'vegetariano', pois é feito com... tcharaaaaam: sagu! Isso mesmo. Receitinha besta do chef Claude Trogois e repassada para nós por nossas salva-vidas, amigas do Rainhas do Lar.


Aqui vai, de bandeja para vocês, a receitinha. Testada e pra lá de aprovada:

CAVIAR VEGGIE
Para 30 pessoas (aproximadamente)

500 gr de sagu (reeeende que é uma beleza!)
1/2 litro de molho de soja
sal (se preciso)
tabasco a gosto
azeite a gosto
01 limão

Ferver 2 litros de água e colocar 500gr de sagu para cozinhar, em pequena ebulição, até ele ficar transparente e cozido. O tempo varia. É bom deixar o fogo baixinho e ir mexendo e completantdo com água quente, se preciso. Migaminha ferveu por uma hora, deixou descansar até esfriar, trocou a água e ferveu por mais uma hora. Sempre vigiando o ponto para não ficar mole demais. Peneirar e lavar bem o sagu em água corrente, para retirar toda a fécula. Colocar numa vasilha de inox, cobrir com 1/2 litro de molho de soja e deixar na geladeira durante 24 horas. O molho de soja vai se incorporar ao sagu, formando bolinhas pretas e salgadas, parecidas com caviar. Depois, é só corrigir o sal e temperar com tabasco, azeite (para dar brilho), limão e, se necessário, uma pitadinha de açúcar.

Dicas: Enquanto o sagu não estiver transparente ele ainda está com alguma parte de seu núcleo dura. Tente colocá-lo de molho antes de ferver. Pode ser que ajude a reduzir o tempo de cozimento.

Apresentação é tudo! Capriche! Ele pode ser servido com torradinhas de mini pão sírio, com barquetes pré-assadas, com gotas de limão sobre carpaccio, com salmão tártaro, numa sopa fria (ou quente) ou até mesmo dentro de uma latinha de caviar, só para impressionar.
Sucesso absoluto!

CURINGAS DA GELADEIRA

Que eu gosto de cozinhar, isso não é novidade. Que eu não tenho problema algum em cozinhar e montar mesa completa só para mim, tão pouco. Mas para facilitar esses momentos bons meu-comigo-mesma eu tenho lá meus pequenos truques. É claro que fazer tudo do zero, com calma, 'planejadamente', com ingredientes fresquinhos seria o ideal... o perfeito. Mas nem sempre a vontade súbita, a pressão e a correria do dia a dia nos permite isso. E entre abrir mão desses momentos 'comer-bem' e abrir mão, aqui e ali, de alguns ingredientes fresquinhos, prefiro sacrificar o segundo.

Eis alguns truques que sempre tenho na manga:
  • Queijo minas ralado congelado – nunca se sabe qdo vamos precisar fazer aquela broa de fubázaz-traz-tran-chan para receber uma visita inesperada. Congele em uma embalagem sem apertá-lo, assim ele fica solto para vc tirar a quantidade que precisa.
  • Manjericão congelado – o fresco é sem dúvida melhor, mas achar um maço no jeito e não deixá-lo estragar, sendo eu uma única pessoa em casa é sempre difícil. Quando acho um maço bonito, eu compro, lavo, separo todas as folhinhas dos talos, seco bem e congelo. Daí, é ir direto pra panela! Não tem erro! E é bem melhor que o desidratado!
  • Tomate seco desidratado – sempre que minha amiga Glau vai a Sampa, peço a ela para trazer um pacotão do Mercado Municipal. Depois de alguns minutos submersos em água no microondas ele vira um curingão! Sai um patezinho... sai uma salada mais colorida... sai um spaghetti ao alho e óleo mais sofisticado... sai um risoto (com o manjericão!)... sem falar que dura mais e é bem melhor (e mais barato) que aquele que vem nadando em óleo!
  • Porções de arroz congelado – desse aí não preciso nem falar, né? E sim... é claro que feitinho na hora é mil vezes melhor! Mas este, não quebra um galho, quebra uma árvore!! Vai por mim! Congele porções de uma 'caneca'. É perfeito!
  • Mostarda Hemmer em grãos – amo de paixão! É outro curinga tbm. É ultra-super-light... dura na geladeira que é uma beleza... tira o tédio de qualquer sanduba frio... tbm vira um patezinho num piscar de olhos... e muda o sabor de qualquer carne num segundo!
  • Filé Mignon e de frango congelados – fico sempre de olho nas promoções. O de frango lavo, limpo, e tempero - o frango demora a pegar tempero e congelá-lo já temperado ajuda no processo. O Mignon apenas lavo e limpo – este já pega tempero rapidinho, basta salpicar sal e pimenta de cada lado do medalhão, congelado mesmo, alguns minutinhos antes de ir para a frigideira. Depois disso trato os dois do mesmo jeito: coloco os filés (frango) e o medalhões (mignon) separadinhos numa assadeira forrada com um plástico e ponho no congelador. Só depois de congelados separadamente, um a um, é que retiro eles da assadeira e coloco em um pote, desses de sorvete mesmo. Assim eles vão ficar individuais e podem ir direto para a frigideira, sem precisar descongelar tudo. As pontinhas que não chegam a ser um filé/medalhão, pico bem picadinhas e coloco em um saquinho, para a qualquer hora virarem um delicioso strogonoff.
Ontem, na correria da arrumação da casa e das coisas para a chegada da Filósofa-Irmã, produzi um almocinho supimpa, sem perder mais do que 20 minutinhos do meu precioso dia de folga:

FALSO-RISOTO ITALIANO COM MEDALHÕES DE FILÉ MIGNON NA MOSTARDA: coloquei uma xícara de água na panela, piquei alguns tomates desidratados e fervi. Quando estava no ponto, e ainda com água, coloquei uma porção de arroz (congelado mesmo), baixei bem o fogo e tampei por 2 mim. Enquanto isso, peguei dois medalhões de filé (congelados!), salpiquei dos dois lados com flor-de-sal, pimenta moída na hora e pincelei com mostarda em grão. Voltei para o arroz: coloquei uma colher generosa de requeijão Danúbio Zero para fazer o creminho do risoto, e finalizei com uma mão cheia de manjericão (congelado!). Reservei na panela de inox mesmo (ela mantém o calor que é uma beleza!), só o tempo de grelhar os filés. Liguei a frigideira, coloquei a pontinha de colher de manteiga e salteei os filés dos dois lados, rapidinho para não perder os sumos. Abri uma garrafa de vinho tinto - outra coisa que tbm sempre tenho em casa - e voilá! Simples assim... bom assim!

E os seus curingas de geladeira/dispensa? Quais são?

MOLHO DE FUNGHI PORCINI

A semana foi uma correria só! Melhor da gripe - e da sinusite que veio a reboque - só hj consegui parar rapidinho para rabiscar algumas linhas.

E volto à cena para dar a receitinha que prometi, da massa que amore fez para nós no fatídico findi febril.

Por falar nele, abro um parêntese aqui para deixar meu beijo, meu abraço apertado, e meu carinho, pois hj é Níver de meu amigo amado.

Buon Compleanno, caro mio!!!!

Bom, voltando à receita... este é um molho de funghi porccini (cogumelos secos) que me ganhou de cara porque ele é fácil de fazer, vai pouco funghi e é totalmente diferente daqueles que normalmente vemos por aí: este não leva nem cremes, nem leite, nem queijos (e minha gripe agradeceu!). Ele casou com perfeição com um penne, mas vc pode escolher um fusilli, um linguini, um farfalle ou outra massa de sua preferência.

Para fazer este molhinho, 'facículo-facículo', vc vai precisar de:
1 ½ xic de funghi porcini secos, hidratados (reserve a água) e picados
½ kg de tomates maduros, firmes, sem pele, sem sementes e picados
1 clh sp de azeite
1 clh sp de manteiga
100 g de pancetta (tipo um 'bacon' com mais carne que gordura, sem pele) picada em cubos médio
1 cebola média picada
4 clh sp de cebolinha verde picada
300 g de queijo parmiggiano reggiano (parmesão) ralado na hora
sal e pimenta-do-reino moída na hora, a gosto.

Aqueça o óleo e a manteiga e frite a pancetta até dourar (não torrar!). Junte a cebola e refogue, mexendo de vez em quando, até ficar transparente e macia. Junte os tomates, o funghi com a água reservada, o sal e a pimenta-do-reino. Cozinhe, mexendo de vez em quando, por 20 minutos, ou até o molho encorpar. Nos últimos 5 minutos, misture a cebolinha verde, acerte o sal e retire do fogo. Cozinhe a massa al dente. Retire do fogo, escorra a água e distribua a massa nos pratos. Polvilhe com um poço de queijo ralado, cubra com o molho e sirva em seguida. Não esqueça de deixar o resto do queijo e alguns paezinhos ali, bem à mão. Dá conta de quase 500 gr de massa e serve bem 3 pessoas.

Este molho é leve, mas com personalidade, o que, para mim, pede um vinho refrescante... sugiro um frisante branco ou até mesmo um rosé leve.

Ah... no dia D, nós fomos de limoncello (licor italiano) geladinho, no lugar do cafezinho e da sobremesa. Perfeito para encerrar com chave de ouro, sem pesar demais.

Amore... tante grazie!

AINDA DAS FÉRIAS: MENU TOP 5

Sim... ainda quero falar das férias. Me aguentem só mais um cadinho, vai?!? É que é tanta coisa ainda por dividir e tão pouco tempo! Sem falar que cheguei de viagem (aquele caos báaasico!)... o trabalho está uma loucura só... minha geladeira morrrrreu... eu já caí de cara num curso intensivo de uma semana... e outras tantas coisitas para ajeitar!

Mas... vamos lá! Um dos personagens principais de nossas férias foi o maravilhoso menu de nosso roteiro. Cada lugar com sua particularidade, claro, mas também com deliciosas surpresas. Eu e a Filósofa-Irmã elegemos um unânime TOP 5 que passo aqui para vcs, e do qual vc não pode (nem deve) se esquivar caso um dia vá por aquelas paragens:


TOP 1 - Foi o primeiro do ranking e tbm o primeiro a ser degustado no day-one de nossa aventura, lá em Olinda. No OFICINA DO SABOR, Eu fui de Jerimum FrevoÉ com Camarão e Lagosta no molho de Maracujá (receitinha aqui, ó!), acompanhado de Arroz de Côco Queimado (receitinha aqui tbm!). A Filósofa-Irmã foi de lançamento do cardápio: Cordeiro ao Molho de Tamarindo, com Arroz de Castanhas e Milho e Purê de Banana da Terra. Para 'temperar' toda esta riqueza: vista impagável da cidade de Recife, companhia doce-doce e cervejinha véu-de-noiva. Ai... ui...


TOP 2 - Em segundo, mas alí coladinho à pole position, está a nossa escolha no Restaurante SOLIMAR (Barra do Cunhaú-RN). Repare no tamanho da posta deste peixe (do tamanho do prato ao fundo!)! Ela sozinha forrou o estômago meu, da Filósofa-Irmã e do Filósofo-Sobrinho (que come como gente grande, visse?!). O peixe é o tal do Meca, um peixe de alto mar (aqui no Brasil só e achado perto de Fernando de Noronha) e do qual nunca havíamos ouvido falar! A carne é super tenra, saborosíssima e sem espinho algum! No Solimar ela é assada na brasa, temperada com um molho secreto, que é feito pelo próprio dono. Para acompanhar: pé enterrado na areia, trilha sonora vinda direto daquele 'lagoão' bão de criar pato, caipiroska e vento gostoso nas orelhas! Quer mais o quê?!?


TOP 3 - Em Barra de Camaratuba é tudo muito rústico, mas tbm deliciosamente pitoresco. A começar pela comida. No vilarejo não tem restaurantes, mas nas areias que cercam o encontro do Rio Guajú com o mar tem um quiosquezinho que faz uma Moqueca de Peixe com Camarões divina! De comer de joelhos! Chegamos lá já no final da tarde, quase na hora do quiosque fechar. Mas valeu à pena! Desfrutamos deste manjar com um pôr-do-sol de tirar o fôlego ao fundo. Prazer em dose dupla!



TOP 4 - Nem só de comer fora vivemos nesta aventura. Na véspera de Natal fomos ceiar na casa de amigos da Filósofa-Irmã em João Pessoa mesmo. Para retribui convite tão generoso eu preparei um pernil assado, guarnecido com batatas e cebolitas. Não é porque fui eu quem fiz não, mas o danado ficou uma diliça!!! Bem temperadinho... macio e tenro... desfiando de molhadinho... Sucesso total! Yummy-yummy! Agora... Esse aí, vc não vai precisar ir lááá para a terrinha para degustar, não! É só me pedir com jeitinho que eu faço.



TOP 5 - Last but not least... Em Natal, recebemos visita das Filósofas-Tias, lá de Fortaleza. Mimos e mais mimos... dengos e mais dengos... e delícias feitas com coisas da terra. Pois então, este aí é um doce de caju, com a castanha do dito, casadinho com queijo de qualho. Doce na medida, azedinho na medida, croc-croc na medida. Sobremesa mais perfeita impossível!

FILME DA VEZ - ESTÔMAGO ***UPDATE***


Não vejo a hora de ver ESTÔMAGO! O filme já estreou no eixo Rio-Sampa, mas inda não chegou por essas paragens. Comichão! Comichão! Comichão!

Do que se trata ESTÔMAGO? Como o próprio nome sugere, o filme fala de comida, mas ele é melhor definido como sendo “uma fábula - nada infantil - sobre poder, sexo e culinária”. A história é inspirada no conto "Presos pelo Estômago", do livro "Pólvora, Gorgonzola e Alecrim", de Lusa Silvestre.


ESTÔMAGO marca o debut em longas do diretor Marcos Jorge, cujas origens passaram pelo jornalismo, pela publicidade e pela fotografia. Sua direção é excepcional, e casada com atuações como a de João Miguel (protagonista) é, com certeza, a fórmula - nada secreta - do sucesso do filme.

Qualquer pessoa que tenha uma relação visceral com a culinária PRECISA ver ESTÔMAGO (me included).

Portando 'prestenção' nas dicas desta cine-olheira aqui:

Dica 1: Não perca o filme de jeito algum!
Dica 2: Não tem companhia para ir ao cine? Problema resolvido: Me chame!
Dica 3: Passeie pelo site oficial, e caso vc seja daqueles que arrisca vôos culinários, vá até a área de Multimídia e baixe o PDF do Livro de Receitas.

Vc não vai se arrepender!

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UPDATE
ESTÔMAGO fez parte do sortido 'cardápio' cinéfilo da turminha neste feriadão. Os atores dão show! Sem falar no roteiro amarradinho, na cuidadosa produção e na criativa direção. Resumindo? Muito bom! E rola aviso aos navegantes... Para quem achou que o filme traz cardápios nojentos e usou disso como argumento para não ir vê-lo... pode esquecer! Não é bem assim. Acho que só uns dois 'pratos' do cardápio do filme se encaixam nesta expectativa. E é algo tão en passant que nem dá para chocar. Na verdade nós - sem exceção - saímos do cine com vontade de comer algo a ver com o 'menu' fictício! Rsrs... Portanto as dicas, principalmente a 1 e a 2, ainda estão valendo, visse! É... porque eu até topo ver o filme de novo.
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BOLO DE BANANA E AVEIA... DIGO, NOZES!

Que eu sou a menina-do-dedo-estragado para bolo, isso é público e notório.

Mas eu tô começando a achar que, assim como os cabelos... a pele... o corpo... e outras coisas mudam com a idade, esta fama está para dar uma guinada tbm! E para melhor.

Semana passada Daddy me fez uma visitinha e, exagerado como ele só, me trouxe 'trocentas' bananas. Eu amo banana, mas com esse calorão todo não tem quem dê conta do tanto que o Filósofo Pai trouxe. Pelo menos não antes que elas estraguem! E para não perdê-las recorri à minha bíblia gastronômica.

Hum... e o que descolei lá foi uma receitinha 'trancham' de bolo de banana. Não era de 'lificador', mas era bem simples, com pouco açúcar e sem leite.

E getem... não é que o bolo além de lindo, ficou mutcho bom?!? Quanto ao 'lindo', taí a fota que não me deixa mentir. E quanto ao 'mutcho bom', pode perguntar para a boca-boa da Gigi! Rsrs...

Aí vai a receitinha. É facinha-facinha. Sim, porque eu arrisco... mas nem tanto!

Arrisca aí vc também!

INGREDIENTES
1 xic. Açúcar
1 xic. Margarina/ Manteiga
2 gemas
2 bananas amassadas
1 ptd. cravo em pó (esse foi por minha conta!)
1 clh. chá canela em pó
1 clh. chá gengibre em pó
2 xic. farinha de trigo
1 xic. nozes/ castanhas picadas grosseiramente
2 claras em neve
1 clh. sp. fermento em pó

PREPARO
Pré-aqueça o forno em temperatura média. Unte, com manteiga, uma forma de bolo inglês e reserve. Bata as claras em neve e tbm reserve.

Bata na batedeira a manteiga e o açúcar até ficar um creme branquinho. Acrescente as gemas, uma da cada vez, e bata até o creme ficar clarinho de novo.

Acrescente as bananas, os temperos e (aos poucos) a farinha. Bata mais um pouquinho e deslique a batedeira.

Com um fouet, ou com uma colher de pau, misture as nozes e as claras em neve levemente, pra não perder o aerado. Por último acrescente o fermento.

Despeje a mistura na forma untada e leve ao forno. Asse por +/- 40min em forno médio-baixo. Ou até fazer o teste do palito e ele sair limpinho.


OBS.: 1. A receita original pede para misturar os ovos inteiros, mas como eu sou traumatizada com bolo solado, eu separei as claras e as bati em neve. Não custa nada, né?! 2. Como eu não tinha nem nozes, nem castanha, cloquei 1/2 xic. de aveia crocante. Não deixou nada a desejar! Pelo contrário!
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DOCE DE MANGA VERDE

Quem em conhece sabe que eu não sou fã de nada muito doce. Nem gosto lá muito de chocolate. Meu negócio é doce simples mesmo, sem muito açúcar. Daqueles de tacho... feito em casa... pra comer com queijo minas!

Hum... Isso me traz 'doces' recordações de infância! Mamãe era mestre na arte desses doces. E como ela era naturalista, não abusava muito do açúcar.

Esse daí da fota é um dos que classifico na categoria dos 'perfeitos'. É o DOCE DE MANGA VERDE, criação de Grace, migaminha querida.

Por que 'perfeito'? Por que é azedinho, não é enjoado de doce e o melhor: é facim-facim de fazer.

Espia só...

INGREDIENTES
- 12 mangas tipo espada verdes
- 5 xícaras (chá) açúcar
- 1 colher (sopa) rasa de margarina/manteiga
- 1 pitada de sal

PREPARO
Descasque e corte as mangas. Coloque em uma panela funda e cubra com água. Leve ao fogo alto e deixe cozinhar por cerca de 20 minutos, ou até começar a desmanchar. Escorra e passe a massa numa peneira. Coloque a massa em uma panela alta e acrescente o açúcar, a margarina e o sal. Leve ao fogo alto, mexendo sempre com colher de pau até começar a ferver. Depois, abaixe o fogo e continue mexendo, por cerca de 30 minutos. Cuidado para não se queimar com os respingos!

O doce pode ter dois pontos. O ponto cremoso e o de corte. O ponto cremoso é conseguido após os 30 minutos depois da fervura. Para testar coloque um pouco em um pires e deixe esfriar, se criar uma nata por cima estará no ponto. Se desejar o doce no ponto de corte basta continuar mexendo até ele começar a soltar do fundo que nem brigadeiro. Coloque em um tabuleiro levemente untado e deixe esfriar para cortar.

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RATATOUILLE - A RECEITA

A chefe Cris Maccarone do ateliê gastronômico Madame Aubergine entrega de bandeja a receita do ratinho Remy que dá nome ao filme Ratatouille.

Facim-facim!! Espia só...


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PANCAKES

Com esse friozinho que pintou, me deu uma vontade de comer pancakes (traduzindo ao pé da letra: pan=frigideira, cake=bolo). É, e daquelas americanas mesmo! Aquela gordinha pra comer com mel (na falta de maple syrup), com geléia e até mesmo só com manteiga.

Como não tinha Claudio querido por perto pra por em ação a execução de meu desejo com sua expertise, tive que me virar! Mas gente, até que me saí bem por D+!!! Essa daí, ó... é a pancake feita por mim com a receitinha da Tatu, levemente adaptada para reduzir a quantidade (minha dieta agradece!) e devido à falta de alguns ingredientes.

Mas mesmo assim ficou bom, mutcho bom mesmo!!! Matei a minha vontade!
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CASADA COM UM PILÃO

Tudo começou quando estava à procura de um pilão para minha nova cozinha e vi um de mármore, lindo! Foi paixão à primeira vista! Confesso que minha paixão teve fundamento em um princípio pra lá de superficial: a beleza. Mas essa paixão por pouco não foi efêmera. O preço do dito era capaz de por fim a qualquer sentimento 'fogo de palha'.

Numa última tentativa de não deixar a chama se acabar de vez, resolvi pesquisar na net para ver se o achava a um precinho mais módico. Pra minha surpresa a busca resultou em inúmeros artigos e receitas sobre 'Molho Pesto', um dos meus molhos prediletos para massas. Nada curiosa que sou, lá fui eu garimpar o tema...

Para quem não sabe o Pesto é uma iguaria gastronômica italina, original da região da Ligúria (atual Gênova). Como mostra a origem da palavra 'pesto' - que vem de pestare (macerar, moer com pedras) – o molho original se faz moendo seus ingredientes em um pilão de mármore.

A documentação mais antiga que se tem do Pesto original vem do século 18, quando a receita aparece pela primeira vez nos escritos dos Irmãos Ratto - 'Cuciniera Genovese' - onde é descrito com um molho a ser 'utilizado com toda variedade de pasta'. Os Ligurianos têm uma devoção quase que religiosa para com o Pesto e seu principal ingrediente, o manjericão. Cada família tem lá sua receita preferida do famoso molho, mas todos não abrem mão de dois detalhes: o verdadeiro Pesto deve ser feito com manjericão fresco e macerado em pilão de mármore. Então, depois de descobrir tudo isso, minha paixão pelo pilão de mármore virou amor! E ele não me saiu mais da cabeça.

Quando eu já estava a pensar que essa união não ia se consumar, ganhei o dito de presente!

Neste domingo resolvi por a receita original genovesa à prova para acompanhar, não uma massa, mas uma carne assada. Resultado?? Perfeição à toda prova!

Aí vai a receita. Se vc não for 'casada' com um pilão de mármore como eu, pode usar um processador. Mas já te adianto... o aroma e o sabor são totalmente diferentes!

MOLHO PESTO
(Faz uma molheirinha cheia, e serviu 8 pessoas lá em casa)

2 dentes de alho fatiados
1/4 xic. de Pinolli
(Mas tbm pode ser Castanha do Pará, de Caju, Amêndoas ou Nozes. No caso das duas últimas tire a pele para não amargar)
2 xic. de manjericão fresco
1/2 xic. azeite de oliva
extra-virgem
(Gostando de azeite como eu gosto, pus mais um ‘cadim’.)
1/2 xic. de parmesão ralado (Nada de parmesão de 'saquinho', pelamordedeus!)
Sal e Pimenta do Reino à gosto (Prove o sal do queijo antes)

NO PILÃO: Triture primeiro o alho com a castanha (usei a de Caju) até virar uma pasta. Vá adicionando as folhas de manjericão aos poucos e continue macerando com amor. Não se assuste! Elas cabem no pilão sim. Vá adicionando colheradas do azeite à medida em que a pasta engrossar demais. Quando finalizar as folhas e a mistura já tiver adquirido a consistência de uma pasta de certa forma homogênea (parte do charme de se usar o pilão são os pedacinhos, aqui e ali). Acrescente o resto do azeite, o queijo e cheque o tempero.

NO PROCESSADOR: Coloque o alho, a castanha, o manjericão e metade do azeite no processador. Processe no pulsar por alguns segundos até obter uma pasta levemente homogênea. Raspe a mistura que grudou nas paredes, acrescente o restante do azeite e processe novamente por segundinhos. Coloque a mistura numa tigela, acrescente o queijo e acerte o tempero a gosto.

O Pesto fica melhor quando feito e servido no mesmo dia, mas vc pode fazê-lo com antecedência de alguns dias e mantê-lo na geladeira desde que vc o cubra com uma fina camada de azeite.

Ele acompanha bem assados (eu sou prova disso!), deve ficar uma delícia servido com pães e torradas e, óbvio, como molho de massas. Neste caso, acrescente ao molho um concha rasa da água de cozimento da massa. Mas, cuidado com o sal!

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