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LANCHINO ULTRA-LEVE

Ontem cheguei em casa e rolava todo um frisson calorístico! Eu cheguei esbaforida, suando em bicas... Tobias agitado, querendo se enfiar debaixo da torneira, querendo descer pelo ralo... a casa inteira abafada e quente parecendo uma estufa!

Ai! Muita calma nesta hora! Antes de mais nada... banho geladinho, para acalmar os ânimos e a mente para mim, e muita água fresca para o Tobias!

Depois sim... corpo apaziguado, fomos lidar com nossa fominha. No meu caso, apesar de estar com fome,  não queria comer qualquer coisa! Queria algo bem refrescante e leve para lanchar. Lembrei logo do monte de acerolas que Filósofo-Pai me deu outro dia e que eu diligentemente lavei, sequei (uma a uma!) e congelei. Ao abrir a geladeira para ver o que iria acompanhar meu suco, dei de cara com o pão folha e com rúculas fresquinhas. Enigma resolvido! E acabou-se o mistério aí mesmo:



Rolou, então, um sucão de acerola, com bastante gelo e 3 lasquinhas de gengibre que estavam dando sopa por ali. Gente, pensem numa bebida refrescante! A combinação que arrisquei foi perfeita!

Para comer, fui de pão folha light da Rap10, 'maquiado' com um patê rápido feito com atum em água, maionese light, pimenta dedo de moça, cebolinha, sal e pimenta do reino. Casado com ele, uma fatia fina de queijo, folhas de rúcula e pronto!!

Fica aqui a dica! Sim... porque este post aqui, nem pode ser considerado uma receita, neam?!  ;-)

Experimente aí e me conta...

CARRRRRNE!

Eu confesso... já tentei deixar de comer carne vermelha várias vezes, sem sucesso. Já até consegui ficar sem ela um bom tempo! Mas aí vem uma larica carnívora... sabe-se lá de onde... e pronto! Tenho que comer um senhor bife.


E foi exatamente esta larica por carne que baixou em mim ontem. Tive que sair numa expedição em busca de um bom pedaço de carne. E os pedaços mais BBB (bons, bonitos e baratos) que achei foram uns cortes de picanha.

Chegando em casa a dúvida: como fazê-los?? Não queria simples bifes na frigideira, e venhamos... picanha merece algo melhor que isso, né? Resolvi, então, inaugurar duas coisas que ainda não havia usado... uma delas foi uma lista de dicas para grelhar carnes de um livro que ganhei recentemente, O Chef Profissional (a 'bíblia' do Instituto Americano de Culinária), e o outro foi a chapa de ferro fundido que herdei de migosmeus.

Como a 'Bíblia' é direcionada para chefs e restauranteurs, eles usam um charbroiler. Eu fui de chapa mesmo, e não fez tanta diferença assim não. Com exceção disso eu segui quase todas as outras orientações:

Comprei os bifes já recém-cortados, mas fica a dica: escolha uma boa peça de picanha. E não se iluda! Ela não deve pesar mais do que 1 kg. Fique ligado! Se pesar mais que isso vc corre o grande risco de estar levando tbm coxão duro, pelo preço de picanha!


Corte-os mais ou menos na largura de 2 dedos, e tempere-os no máximo 5 minutos antes de grelhar. Mais que isso fará com que o sal drene todos os sucos da carne, e assim vc não terá bifes suculentos.

A picanha não precisa de nada além de sal grosso e pimenta do reino, moída na hora! Não carece inventar temperos mirabolantes com esta carne tão nobre. Apenas cubra os dois lado dos bifes com as 'perolas' de sal e a pimenta, enquanto aquece a grelha. É tempo suficiente.


Unte a grelha com óleo, mas sem encharcar. Isso fará com que os bifes não grudem na hora de virar, e assim você não perde os caldos que dão a suculência da picanha bem feita.



Com a grelha bem quente, abaixe o fogo para fogo médio e deite os bifes nela usando uma pinça (nada de espetá-las com garfo, pelo mesmo motivo dito acima). 'Sele' rapidamente os dois lados e depois é só deixá-los lá por cerca de 4 min de cada lado para um bife ao ponto, e  6 min para um bife mais para bem passado.

Como minha gana era apenas pela carne per se, eu fui de saladinha de folhas e nada mais! Nada de arroz... nada de batatas... nada de feijão... eu queria sentir todo o sabor da carne. Simples assim: rúcula, alface, tomatinhos grape, castanha de caju e lasquinhas de parmesão. Tá bom, tá bom! Não tããão simples assim! Rsrsrs...



Mas veja só... como o uso correto dos temperos e do tempo de fogo fizeram milagres: mesmo meus bifes não sendo exatamente da espessura recomendada, eles ficaram dourados por fora e divinamente suculentos e rosados por dentro, e sem 'mugir'!

PER-FEI-TOS!

Experimente as dicas aí tbm. Vale super à pena!

QUEIJO BRANCO CASEIRO

Desde que vi este post da Luxirare, onde ela faz bolinhas de mozzarella caseira, eu sismei que queria fazer queijo em casa.

É claro que não iria me arriscar a começar num nível tão avançado! Então, saí à caça da receitinha básica perfeita (para mim!). Depois de fazer uma busca nos diversos blogs que sigo, achei uma receitinha bem legal da Patrícia.

Mas como eu não podia deixar de ser euzinha, fiz alguns ajustes, e combinei a receita dela com uma do Cybercook. Até mesmo porque eu precisei, devido a algumas limitações minhas. Mas  não é que deu certo?! Ficou uma delícia e lindo (espia só a fota mais abaixo!). Eu tô super orgulhosa de mim 'pópria'!! Até mesmo porque, achei que seria algo de outro mundo, com risco de ser um desastre total!!

Mas vamos lá, então...

Para um queijinho (9 cm de diâmetro e uns 5 cm de altura) vamos precisar de:
1 lt de leite integral
4 clh sp de vinagre branco
2 clh chá de sal marinho
Quanto aos utensílios, vc vai precisar de uma peneira, um pano de prato virgem, que depois vc guarda só pra isso (eu comprei um algodão bem teladinho chamado 'murim') e algo vazado que sirva de fôrma. Eu usei um cortador de massa redondo que eu tenho e o coloquei sobre uma grade, improvisada (meu porta talher) forrada com o murim, e tudo isso sobre uma assadeira para recolher o líquido drenado.


Ferva o leite. Quando ele começar a levantar fervura coloque o sal, e o vinagre (colher por colher). Deixe ferver por mais uns 4 min. Ele irá começar a talhar e a separar o soro. Com uma escumadeira recolha o qualho e coloque na peneira forrada com o pano. O meu leite não separou todo de uma vez. O líquido que sobrou na panela ainda era bem branco (não só soro). Seguindo uma dica da Patrícia, coloquei mais 2 colheres de vinagre e deixei ferver mais 3 min. Aí sim separou tudo, e juntei mais qualho à peneira.


Ainda quente, torça levemente o pano, retire a bolinha de massa e coloque na forminha já preparada. Pressione de leve, cubra com a outra ponta do pano e leve à geladeira por pelo menos 6 hrs. Desenforme e pronto!


A textura é de um queijinho bem fresco, de sabor bem leve e delicado!  Ah... E depois de uma noite na geladeira, ele fica um pouquinho mais firme. Como esse meu aí ó...


Hum... Diliça! Diliça!

Próxima parada: Labna (queijo de iogurte) e, quem sabe... Mozzarella!

CASAMENTO INTERNACIONAL


Já há algum tempo estava com vontade de comer um purezinho de batata à moda americana. Firme mas saboroso, bem do jeito que eu gosto. E hoje eu tinha batatas e carninha moída, para fazer aquele casamento perfeito, sabe. Assim... bem transbortante de umami!

Voltando ao purê... Em uma de minhas idas à terra de Tio Sam, migomeu Nathan (maridòn de Dorita) fez e me ensinou a manha de seu smashed potato. É simples e prático (ordem do dia atualmente!).

Vamos lá, então...

Cozinhe bem as batatas, em água com sal. Com elas ainda sapecando de quentes - leia-se 'direto da panela' - amasse rapidinho no espremedor. Cuidado com os deditos! Coloque na batedeira (sim!) e bata ligeiramente, acrescentando manteiga (nada de margarina, please!), sal, nóz-moscada e pimenta do reino a gosto (vá provando, oras!). E... Pronto! Ele fica tão firme, que dá para você brincar de 'n' formas com a apresentação.

Para acompanhar fiz uma carninha moída beeem temperadinha (alho, cebola, sal, pimenta do reino, canela em pó), apenas refogadinha no fio de azeite (beeem devagar e com muito carinho no uso da colher de pau!), com cubinhos de berinjela, mezza-lunas de tomate cereja e chuva generosa de cheiro verde. Ela ficou sem molho, mas bem molhadinha, se é que você me entende. E o aroma da canela... Ah, o aroma de canela! Nem me fale! Ganhou a casa inteira! E olha que foi só uma pitadinha (em excesso ela amarga e toma de conta)!!!

Coordenei as panelas para que ambos ficassem prontos juntos.

Sincronia perfeita: no timing e no sabor!

Faz aí e me diz o que você achou, vai!

**********
UPIDEITI

Por não levar leite ou creme de leite, o purê congela super-bem! Testado e aprovado!

ANOTAÍ...


Tá rolando BRW de novo!!
Visitem o site para ver a lista dos restaurantes participantes
e seus respectivos cardápios.

UMMMMMAMI !!



Acreditam que no domingo passado ainda me vi às voltas com arrumação e descarte de coisinhas acumuladas? Pois é... E o tempo urgiu, rugiu e voou! Com isso tive que produzir esta massinha rápida e rasteira aí para o almoço, pois queria terminar tudo antes do happy hour domingueiro de praxe (Nespresso + cinema).

Aí... qual não foi minha (literal) deliciosa surpresa ao dar a primeira garfada num pratinho tão simples e desprentecioso como este aí?! Na mesma hora me explodiu na mente: Umami!!!

Não, não e "Yummy"! Bom... se bem que tem tudo a ver. Rsrsrs... É Umami, que significa "delicioso" em japonês, mas também está estreitamente relacionado ao "fator hummmm", aquele que surge lá do âmago de nosso ser, trazido pelo sentimento prazeroso que nos vem à mente assim que saboreamos algo... aquela sensação de perfeição que muita das vezes no faz literalmente gemer ao provar uma determinada comidinha.

Já considerado como o "quinto sabor" [doce, salgado, azedo, amargo e Umami], o Umami foi descoberto em 1908 pelo japonês Kikunae Ikeda [Universidade Imperial de Tóquio]. E  apesar desta posição ser  internacionalmente reconhecida desde a década de 80, o Umami só começou a cair nas graças ocidentais depois de estudos feitos por um restauranteur de renome e um químico de uma universidade americana, no finzinho da década de 90.

O gosto do Umami está relacionado diretamente à reação de nossas papilas gustativas a aminoácidos, como por exemplo o ácido glutâmico [o mais conhecido]. Sutil e até mesmo difícil de ser detectado, é muito mais fácil de notarmos sua ausência do que sua presença.

Alguns alimentos que são ricos em Umami são: ovos, queijos [principalmente os mais fortes como o parmesão], peixes [sardinha], frutos do mar, caviar, alguns frutos e vegetais [tomate e abobrinhas], carnes, tubérculos [batatas], cogumelos, leveduras [vinhos e saquê] e até mesmo o leite materno. Alguns temperos, inclusive, tentam reproduzir o Umami ao serem acrescentados aos alimentos que não o possuem. Um exemplo famoso é o glutamato monossódico, mais conhecido como Ajinomoto. Que, aliás, nem é considerado pelo fabricante como tempero, mas sim como um "realçador de sabor".

Febre do momento no meio gourmet, usar ingredientes com Umami e viajar na pesquisa de pratos que os combinem à perfeição tem sido o desafio dos grandes chefs.

Dois exemplos de nossa comidinha, simples e práticos, de uma combinação perfeita de ingredientes com Umami são a massa que eu fiz [Spaghetti + molho tomate + filetes de carne + parmesão], e o Cuscuz Paulista [milho + sardinha + ovo + tomate]. Duas receitas que, praticamente, só têm ingredientes com Umami.

Quer saber mais? Acesse o site da Ajinomoto ou o site do Umami Information Center [em inglês ou japonês, apenas].

E finalizando eu pergunto: E aí, você consegue captar o UMAMI dos alimentos? Tem algum prato que vc A-M-A que tem muito Umamai? E comidinha que vc faz, tem UMAMI?

ENTRANDO COM UMA BOA ENTRADA

Com disse antes... passei os finalmentes de 2009 por aqui mesmo. E se o Natal foi com a Coelhada, o Ano Novo havia de ser com o Filósofo-Pai. Que se superou, diga-se de passagem! Para dar o 'olé' na chuva ele montou tenda, armou 'circo', e até arquitetou uma cascata, para que pensássemos que tudo aquilo que caía do telhado fazia parte do mis en scène festivo. Ainda bem que São Pedro resolveu nos dar uma folga bem na virada. Benção esta que, infelizmente, não alcançou todo o mundo.

Bom... 60 pessoas rindo, e dançando, e farreando... e houve comida e bebidas para todos, sem nenhum esforço dos anfitriões. O reveilon compartilhado na casa de Filósofo-Pai já é tradicional e a colaboração funciona comme un charme.

Eu e Filósofa-Irmã resolvemos levar algo leve - tanto de beber, como de comer -, para ajudar a manter o bom comportamento alcançado por nós desde o Natal. Fomos de ponche rhyco (receitinha depois) e saladinha de arroz. Coisinha pheeena, diferente, simples e rápida de fazer, sem falar deliciosa de comer. Salada esta que voa solo com uma carninha assada que é uma beleza! E outra: tem uma cara linda,  que faz todo mundo querer provar. Vc pode vestir ela pra festa numa travessa, ou fazer as vezes de entradinha, com porçoezinhas individuais (como esta que fiz para a foto), no caso de um encontrinho mais petit comité. Oh lá lá! E não é que lembrei de migaminha Glau, agora. Ela é que curte a língua de Napoleão e se amarra numa entradinha très chic!



Tô viajando no francês macarrônico, né?! É que me empolguei com a idéia da saladinha, que me veio ao dar de cara com a linha de arroz especiais assinada pelo vitaminado do Olivier Anquier. A linha se chama Ateliê Namorado by Olivier Anquier, e traz para nós 16 variedades e combinações de tipos diferentes de grãos. Aqui em BSB só tenho achado a dita em mercadinhos do tipo gourmet.

Para esta salada me atraquei com a combinação Arroz Selvagem+Quinua+Arroz Parbolizado. E sem mais delongas... Allez!

Para fazer uma travessa (que serve moooito bem 6 pax) você vai precisar de:
Para a salada
1/2 pct do dito arroz (cozido como macarrão, com sal a gosto, al dente, escorrido e frio)
1/2 vidro de palmito picadinho
12 azeitonas verde picadinhas (isso mesmo, só 12!)
1 cenoura grande ralada
1/2 pimentão vermelho picadinho
5 rodelas de tomate seco picadinhas
8 damascos picados em cubinhos
1 cabeça de alface americana ou endívias  (para 'aparar' a salada na travessa,  ou para servir de 'conchinha' para as entradinhas)
Rúcula rasgadinha (ou manjericão) a gosto

Para o tempero
Suco de um limão grande e suculento
Um booom fio de Azeite honesto (no meu caso, generoooso)
1 clh sobremesa de mostarda com grãos
Cheiro-verde tbm ao gosto do freguês
Sal e pimenta-do-reino para acertar o tempero


Modus Operandi
Misture todos os ingredientes da salada. Reserve na geladeira. Junte todos os ingredientes do tempero numa tijelinha a parte, menos o sal e a pimenta do reino.  Como o arroz foi cozido com sal, a azeitona tem sal, o palmito tbm e o seu tomate seco tbm pode ter sal, muita calma nesta hora! Misture tudo muito bem e guarde na geladeira. Na hora de servir incorpore o temperinho à salada, misture bem e prove um 'bombocado'. Aí sim acerte o sal, coloque a pimenta-do-reino recém-moída... et voilá! Está pronto para servir, como vc bem entender.
Esta saladinha permite 'n' variações! Viaje e se jogue, ok? Ah! e depois me conta como foi!

Vou ficando por aqui... e como dizem os inglêses: Pardon my french!

COZINHANDO NA ILHA DE CARAS


Que eu adoro cozinhar, isso já não é novidade há muito tempo. Eu até já tentei explicar um pouco desta minha relação com a comida aqui. Cozinhar para os queridos (família e amigos), então?!?  Prazer puro!

Há muito tempo já havia feito a promessa de cozinhar especialmente para a turminha do trabalho, na casa de uma amiga muito querida. E a oportunidade surgiu recentemente.

Como ela havia voltado da terrinha com um suprimento de camarões respeitável, esta era a deixa para definirmos o tema do cardápio. E o desafio se instalou definitivamente quando eu me toquei de que teríamos coleguinhas vegetarianos no pedaço.

Mas a solução logo se fez presente, sem eu ter que pensar muito: a estrela do cardápio seria um bobó de camarão e sua versão veggie, o bobó de palmito. Para acompanhar: arroz branquinho mesmo - apenas perfumado com alecrim - e uma saladinha de kani desfiado com cebolas (receita aqui tbm depois). É lógico que para coroar tudo isso, houve boa bebida (hum... champs rosé!), cenário de 'Ilha de Caras' e o ingrediente principal: excelente companhia. Precisava de algo mais? 'Oblóvio' que não!


Eu, particularmente, fiquei muito feliz com o resultado e, de acordo com os convivas de plantão, parece que estava tudo do agrado. Eu agradeço humildemente todos os gentis elogios. Thanks guys!

Então, divido aqui com vcs o bem sucedido modus operandi do(s) bobó(s), receitinha herdada (em vida!) de minha Tia Gláucia:
BOBÓ DE CAMARÃO DA D. GLÁUCIA
2 kg camarões graúdos (descascados e limpo)
1 kg de mandioca (cozida e processada, ou espremida, ou amassada no garfo mesmo. Nunca use o liquidificador pois vc pode queimar o motor!)
3 vidros de leite de côco
3 vidros de leite de vaca (aproximadamente)
1 kg tomates maduros (bem picadinhos)
2 cebolas grandes (bem picadinhas)
1 xic de cheiro verde (bem picadinho)
2 limões
I clh sp colorau
Sal
Pimenta
Azeite / Azeite de dendê


Tempere os camarões com o suco dos limões e com uma colher de sobremesa rasa de sal. Só e somente só. Em minha família não se usa alho em quase nenhum fruto do mar (raríssimas exceções). Aqueça uma panela grande e funda (aqui usei uma daquelas de barro), deite um generooooso fio de azeite, descarte o caldo do tempero dos camarões e vá colocando eles na panela devagar. Não se assuste! Eles vão soltar água para caramba! E é nessa água que eles vão cozinhar. Ela é a conta exata de deixá-los no ponto certo. Aliás, este é o segredo do camarão macio (e não borrachudo!): nunca coloque água nele! Abaixe o fogo e vá mexendo. Quando ele secar, deite um fio (este não deve ser generoso!) de azeite de dendê, salpique o colorau e dê uma mexida ligeira. Acrescente as cebolas e mexa até elas ficarem transparentes. Acrescente os tomates e mexa até começarem a desmanchar.

Abre parêntesis... (Até aqui vc pode fazer na véspera!) Fecha parêntesis...

Acrescente a mandioca amassada às colheradas e vá incorporando cada uma delas, delicadamente,  antes de acrescentar a próxima. Tem gente que usa de um engrossado de farinha-de-trigo nesta etapa, outros já usam de miolo de pão-de-forma demolhado. A receita da minha tia é com o purê de mandioca. Eu acho muito mais saboroso e sua liga resulta numa consistência bem cremosa que me agrada muito mais. Acrescente o leite de côco, e vá acertando o ponto com o leite de vaca aos poucos até chegar à consistência certa, que é a de um purê de batata um cadinho menos firme. Nada de mingau ralo, pelamordeDeus! Agora é só acertar o sal, apimentar ao gosto (se do gosto, claro!), incorporar o cheiro verde e servir quentinho e com arroz branquinho.

Para a versão veggie, basta vc substituir o camarão por dois vidros grandes de palmitos lavados, escorridos e cortados como meia-lua (meia rodela grossa). Uma vez que ele já está cozido vai tudo mais rápido e a ordem da execução da primeira parte (antes da mandioca) tbm muda um pouquinho, ficando assim a sequência: azeite, cebola, palmito, dendê, tomate. Da mandioca em diante é tudo igual. Mais simples, impossível!
E como dizia minha Vó Carolina... O cumê tá na mesa!!!

SWEET GIFT

Conheci os mimos da KitCake através de migaminha Carol. E é tudo muito delicioso! Sem falar no capricho das fofas da Fernanda e da Amanda, que providenciaram com carinho os deciciosos brigadeiros com 'roupa' de Natal , que foram as lembrancinhas da Confra da Tchurminha.



São fofos, não são? E deliciosos também!

LIVRO DA VEZ - "JULIE & JULIA"

Sim, apesar de já ter mencionado o filme aqui, o que chegou às minhas mãos primeiro foi o livro (Thanks, Nani!).

Eu simplesmente adorei! E ele me tocou exatamente porque aborda duas coisas que me são muito queridas: o escrever (mais especificamente o 'blogar') e a paixão pela cozinha. Gostei tanto que ele está todo marcado e riscado. Rsrs...

O livro é autobiográfico e fala basicamente da encruzilhada em que sem encontra Julie Powell, ao se dar conta de que ela está às vésperas de completar 30 anos, sem um emprego decente e ainda sofrendo a pressão da família e de seu médico para ter filhos. Em crise existencial e à beira de um ataque de nervos, Julie acha a solução ao dar de cara com uma relíquia na casa dos pais: uma edição de Mastering the Art of French Cooking (Dominando a Arte da Cozinha Francesa) de Julia Child, uma das primeiras mulheres a dominar os programas culinários da TV americana da década de 60, introduzindo sua audiência à culinária francesa.

Ao preparar a primeira receita do MtAoFC (apelido do livro dado por Julie) surge em sua mente, com a ajuda do marido, a idéia do projeto que a tiraria de sua crise: fazer as 524 receitas francesas do livro em um ano, e documentar a experiência em um blog. Isso sem nunca ter tido contato com nenhuma das duas coisas antes.

E já adianto... quem bloga e quem cozinha, irá se identificar com a experiência de Julie, seja como for. Julie extrai de experiências como quebrar ovos... tirar tutano de osso de boi... 'assassinar' lagostas... ou até mesmo lidar com o encanamento entupido por suas experiências, lições simples, mas valiosas (filosóficas até), e com as quais eu me identifiquei aqui e ali.

Foram trechos como o que fala de sua alegria quando uma única leitora diz sentir imensamente sua falta, depois de alguns dias de ausência no blog. Eu me sinto assim tbm. O Filosofias aqui não tem um público grande (é mais amigos e família), e para falar a verdade não tô nem aí para este ínfimo índice de audiência. Poder, acima de tudo, pôr no papel virtual minhas idéias e ter manifestações realmente significativas e que fazem a diferença, para mim é o que há! É algo que faço com 'autoindulgência', termo usado por Julie para descrever a forma como Samuel Pepys escrevia. Escritor do sec. XVII, ele era quase que um blogueiro: escrevia sobre tudo o que lhe acontecia e também o fazia por prazer. Entretanto, por viver na era do papel, e não na era virtual, a grande maioria de seus escritos não chegou a ser lida. Diferente daquilo que escrevemos nos blogs de hoje em dia. Diários virtuais, onde expomos nossos pensamentos para quem quiser ler. E lê apenas quem quer.

Outros trechos que me marcaram foram aqueles em que Julie redescobre em algumas receitas o prazer puro e simples de comer e de cozinhar. Como por exemplo quando ela é apresentada por Julia ao tutano de boi. Ingrediente a princípio nada simpático, mas que no final das contas ela compara seu sabor ao de "uma transa muito boa" e depois a algo menos efêmero: ao "sabor de vida bem vivida".

Ou quando finalmente consegue reunir os amigos para comer uma refeição completa tirada do MtAoFC, e tudo corre bem, e tudo fica bom, e ela se pega observando seus convivas: "Estava me sentindo um pouco como uma das heroínas de James Austen, observando os amigos a quem tanto ama. (...) Nenhum de nós saberia com certeza a qual espécie pertencia, exatamente; mas enquanto fôssemos uma espécie que gosta de se reunir para comer e curtir uma noite maravilhosa, isso era o bastante. O que acaba provando, na minha opinião, que jantares entre amigos são como qualquer outra coisa: menos frágeis do que pensamos". E é exatamente assim que me sinto com relação aos convescotes que fazemos entre nossa turminha de amigos: não importa quanto tempo passemos sem nos encontrar, a boa mesa é definitivamente um fator agregador, e tudo fica melhor ao redor dela.

Ou quando ela chega à conclusão de que o cozinhar para ela é o seu worm hole (buraco de minhoca)pessoal, com o qual ela pode ter acesso, quando bem entender, a um universo paralelo onde a "energia jamais é perdida, simplesmente convertida de uma forma em outra; onde [ela] pega a manteiga, os ovos, a carne e prepara pratos deliciosos; onde [ela] pega a raiva, o desespero, e a revolta e, com [sua] alquimia, transforma em esperança e em uma arrebatadora motivação".

Ou até mesmo quando ela confirma algo que já foi escrito, re-escrito, encenado e cantado: que podemos seduzir, sim, cozinhando. Que o ato puro e simples de cozinhar, principalmente algo mais complexo, encerra em si "indetectáveis reservatórios de estímulos, não só gastronômicos, mas também sexuais". E que o simples ato de "fazer isso para outra pessoa, oferecer a ela deleites gustativos obtidos com dificuldade a fim de conquistar outros tipos de prazeres", pode, sim, ser considerado uma preliminar.

Uau! Como me empolguei! E poderia continuar aqui, retirando trechinhos e trechinhos deste livro, como se fossem bocadidtos daquela comidinha das mais gostosas, e depositados na sua 'boca' uma a um. Mas daí, eu tiraria toda a graça, né.

Resumindo, recomendo de com força.

Agora... antes que alguém pergunte, sugiro que você providencie o seu, porque o meu não vai ser 'perdido' por aí, não! Sorry!

Pelo trailer do filme, o roteiro aborda mais o lado da história de Julia Child, do que a de Julie Powell, mas vai ser interessante ver tudo sob outra perspectiva. É esperar para ver...

Julie & Julia era para ter estreado em agosto, mas agora está previsto para chegar às telonas no dia 27/NOV. Anotaí!

NAMASTE

Vamos?!?

NOQUE-NOQUE

Sempre que a gente pode - e lembra! -, no dia 29 tentamos manter a tradição de ir lá comer as bolinhas junto com São Pantaleão.

Neste mês, quem lembrou da data foi a Filósofa-Irmã.

E lá fomos nós comer a sequência de noque lá no Panelinha.

Conhecemos o Panelinha logo que a Irmã voltou para Brasília. Gostamos do que comemos da primeira vez, e também da proposta: tudo vem numa 'panelinha' individual e o cardápio consiste principalmente de mexidinhos e risotos, acompanhado de um buffet de antepasto ou de saladas.

Tudo muito bom, tudo muito bem. Como disse... reserva feita, crianças debaixo do braço, lá fomos nós!

Tudo estava orquestrado, segundo o folheto virtual, para começar às 20h. Beleza. Chegamos perto do 'marco zero' e começamos a nos deliciar com o buffet de antepastos: guacamole picante, pesto de algo diferente que não me lembro (não era verde), sardenha (assim identificado, mas eu acho que eles queriam dizer 'sardela'), molho de queijo azul com mel. Tudo muito delicioso, e acompanhado de focaccias da casa com ervas e pães diversos.

No início nos deliciamos, mas daí a brincadeira começou a perder a graça pois o serviço estava meio devagar e nada do nhoque chegar. Enfim, o dito nhoque apareceu lá perto das 21h. O programado era pagarmos um preço único pela sequência de 3 porções de nhoque: molho ao sugo, molho de cogumelos e molho bolonhesa. Mas não sei não... Acho que enganaram a gente! rsrs... As poções de nhoque eram mínimas! A minha primeira porção por exemplo - com a qual deveria fazer o ritual comendo 7 bolinhas, uma a uma - por pouco não inviabilizou minha simpatia com São Pantaleão por falta de nhoques! Apesar da massa estar como manda o figurino (mais batata que farinha), os molhos estavam ralos e salgados. O molho de champions por exemplo, era mais um caldo de cogumelos que qualquer outra coisa.

Resumindo a opereta... acho que na verdade nós pagamos mesmo foi pelo buffet de antepastos, que foi a melhor parte da noite. É people, a Pollyanna que vive em mim se manifesta!

De qualquer forma, a noite valeu, porque a gente se juntou, e riu, e conversou por demais.

Até mês que vem tchurminha!


PRAZER, CROQUE MONSIEUR

Neste findi teve visita deliciosa lá em casa. Oportunidade perfeita para repetir a dose de uma receitinha da qual me lembrei recentemente, ao compartilhar modus operandi numa reunião no trabalho.

Bom... Muito prazer eu sou o Croque Monsieur. O nome é baseado no verbo croquer ('tostar') e na palavra monsieur ('senhor') — já a razão para se ter juntado as duas, sabe-se lá qual é! Anyway... Originalmente ele seria nada mais, nada menos que um sanduíche de queijo e presunto gratinado no forno, mas dentre outras mudanças necessárias interessantes, me enamorei da idéia de fazer porçõezinhas individuais dentro de ramequins (mini forminhas refratárias de souflê).

Com tudo já meio que maquinado na caixola, parti para a ação.

Para estes 3 mini-croques, você vai precisar de:

06 fatias de pão de forma.
06 fatias de queijo mussarela.
01 linguiça calabresa (ralada no ralo grosso).
04 azeitonas sem caroço (cortadas em rodelinhas).
01 ovo (com a gema peneirada)
01 xíc de chá de creme de leite.
01 pedaço de queijo Gorgonzola. (O pedaço é pequeno, do tamanho de um 'polenguinho', só pra dar sabor).
01 xic de chá de parmesão ralado na hora (nada de parmesão de saquinho pelamordedeus!)
Sal, pimenta-do-reino e noz-moscada a gosto.
Orégano para salpicar (se vc não gostar, pode ser salsinha ou cheiro verde bem batidinho).

Corte o pão de forma do tamanho dos ramequins. Eu usei aqueles cortadores de massa., mas se vc não tiver um use de paciência e de uma faca afiada, não tem problema. Vc vai precisar de 2 fatias para cada ramequim. Forre os ramequins com uma fatia apenas. Bata no liquidificador o ovo, o creme de leite, o Gorgonzola (ou Gruyère ou Cheddar. Eu fui de gorgonzola pq sempre tenho em casa), o sal, a pimenta e a noz moscada. Pegue metade desta mistura e distribua sobre a primeira fatia de pão.

Corte as fatias de mussarela do mesmo jeito que o pão e coloque sobre a mistura, cubra-a com a calabresa ralada (tirar a pele facilita a 'ralação'). Era para ser presunto, eu sei, mas eu sou subversiva e não tinha em casa. Se vc é vegetariano viaje! Use mix de queijos diferentes ralados no ralo grosso, tomate seco, alho poró refogado, majericão, palmito e por aí vai. Arremate com umas 4 rodelinhas de azeitona. Coloque a outra fatia de queijo, a de pão e molhe-o com a outra metade da mistura cremosa.


Cubra com uma porção generooosa de queijo parmesão e decore com orégano e uma rodelinha de azeitona. Coloque os ramequins em uma assadeira e leve ao forno médio até derreter o queijo e dourar levemente.

Os meus, foram devidamente acompanhados por um leve vinho branco geladíssimo, para aplacar o 'calor'. Sucesso absoluto!

Ah! E o melhor de tudo: O croque congela super bem, visse?! Vc já pode montá-los, cobrir os ramequins com plástico filme e congelar! Na hora da precisão, eles vão direto-reto para o forno. Bão, né?

ANOTAÍ...

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CURINGAS DA GELADEIRA

Que eu gosto de cozinhar, isso não é novidade. Que eu não tenho problema algum em cozinhar e montar mesa completa só para mim, tão pouco. Mas para facilitar esses momentos bons meu-comigo-mesma eu tenho lá meus pequenos truques. É claro que fazer tudo do zero, com calma, 'planejadamente', com ingredientes fresquinhos seria o ideal... o perfeito. Mas nem sempre a vontade súbita, a pressão e a correria do dia a dia nos permite isso. E entre abrir mão desses momentos 'comer-bem' e abrir mão, aqui e ali, de alguns ingredientes fresquinhos, prefiro sacrificar o segundo.

Eis alguns truques que sempre tenho na manga:
  • Queijo minas ralado congelado – nunca se sabe qdo vamos precisar fazer aquela broa de fubázaz-traz-tran-chan para receber uma visita inesperada. Congele em uma embalagem sem apertá-lo, assim ele fica solto para vc tirar a quantidade que precisa.
  • Manjericão congelado – o fresco é sem dúvida melhor, mas achar um maço no jeito e não deixá-lo estragar, sendo eu uma única pessoa em casa é sempre difícil. Quando acho um maço bonito, eu compro, lavo, separo todas as folhinhas dos talos, seco bem e congelo. Daí, é ir direto pra panela! Não tem erro! E é bem melhor que o desidratado!
  • Tomate seco desidratado – sempre que minha amiga Glau vai a Sampa, peço a ela para trazer um pacotão do Mercado Municipal. Depois de alguns minutos submersos em água no microondas ele vira um curingão! Sai um patezinho... sai uma salada mais colorida... sai um spaghetti ao alho e óleo mais sofisticado... sai um risoto (com o manjericão!)... sem falar que dura mais e é bem melhor (e mais barato) que aquele que vem nadando em óleo!
  • Porções de arroz congelado – desse aí não preciso nem falar, né? E sim... é claro que feitinho na hora é mil vezes melhor! Mas este, não quebra um galho, quebra uma árvore!! Vai por mim! Congele porções de uma 'caneca'. É perfeito!
  • Mostarda Hemmer em grãos – amo de paixão! É outro curinga tbm. É ultra-super-light... dura na geladeira que é uma beleza... tira o tédio de qualquer sanduba frio... tbm vira um patezinho num piscar de olhos... e muda o sabor de qualquer carne num segundo!
  • Filé Mignon e de frango congelados – fico sempre de olho nas promoções. O de frango lavo, limpo, e tempero - o frango demora a pegar tempero e congelá-lo já temperado ajuda no processo. O Mignon apenas lavo e limpo – este já pega tempero rapidinho, basta salpicar sal e pimenta de cada lado do medalhão, congelado mesmo, alguns minutinhos antes de ir para a frigideira. Depois disso trato os dois do mesmo jeito: coloco os filés (frango) e o medalhões (mignon) separadinhos numa assadeira forrada com um plástico e ponho no congelador. Só depois de congelados separadamente, um a um, é que retiro eles da assadeira e coloco em um pote, desses de sorvete mesmo. Assim eles vão ficar individuais e podem ir direto para a frigideira, sem precisar descongelar tudo. As pontinhas que não chegam a ser um filé/medalhão, pico bem picadinhas e coloco em um saquinho, para a qualquer hora virarem um delicioso strogonoff.
Ontem, na correria da arrumação da casa e das coisas para a chegada da Filósofa-Irmã, produzi um almocinho supimpa, sem perder mais do que 20 minutinhos do meu precioso dia de folga:

FALSO-RISOTO ITALIANO COM MEDALHÕES DE FILÉ MIGNON NA MOSTARDA: coloquei uma xícara de água na panela, piquei alguns tomates desidratados e fervi. Quando estava no ponto, e ainda com água, coloquei uma porção de arroz (congelado mesmo), baixei bem o fogo e tampei por 2 mim. Enquanto isso, peguei dois medalhões de filé (congelados!), salpiquei dos dois lados com flor-de-sal, pimenta moída na hora e pincelei com mostarda em grão. Voltei para o arroz: coloquei uma colher generosa de requeijão Danúbio Zero para fazer o creminho do risoto, e finalizei com uma mão cheia de manjericão (congelado!). Reservei na panela de inox mesmo (ela mantém o calor que é uma beleza!), só o tempo de grelhar os filés. Liguei a frigideira, coloquei a pontinha de colher de manteiga e salteei os filés dos dois lados, rapidinho para não perder os sumos. Abri uma garrafa de vinho tinto - outra coisa que tbm sempre tenho em casa - e voilá! Simples assim... bom assim!

E os seus curingas de geladeira/dispensa? Quais são?

MOLHO DE FUNGHI PORCINI

A semana foi uma correria só! Melhor da gripe - e da sinusite que veio a reboque - só hj consegui parar rapidinho para rabiscar algumas linhas.

E volto à cena para dar a receitinha que prometi, da massa que amore fez para nós no fatídico findi febril.

Por falar nele, abro um parêntese aqui para deixar meu beijo, meu abraço apertado, e meu carinho, pois hj é Níver de meu amigo amado.

Buon Compleanno, caro mio!!!!

Bom, voltando à receita... este é um molho de funghi porccini (cogumelos secos) que me ganhou de cara porque ele é fácil de fazer, vai pouco funghi e é totalmente diferente daqueles que normalmente vemos por aí: este não leva nem cremes, nem leite, nem queijos (e minha gripe agradeceu!). Ele casou com perfeição com um penne, mas vc pode escolher um fusilli, um linguini, um farfalle ou outra massa de sua preferência.

Para fazer este molhinho, 'facículo-facículo', vc vai precisar de:
1 ½ xic de funghi porcini secos, hidratados (reserve a água) e picados
½ kg de tomates maduros, firmes, sem pele, sem sementes e picados
1 clh sp de azeite
1 clh sp de manteiga
100 g de pancetta (tipo um 'bacon' com mais carne que gordura, sem pele) picada em cubos médio
1 cebola média picada
4 clh sp de cebolinha verde picada
300 g de queijo parmiggiano reggiano (parmesão) ralado na hora
sal e pimenta-do-reino moída na hora, a gosto.

Aqueça o óleo e a manteiga e frite a pancetta até dourar (não torrar!). Junte a cebola e refogue, mexendo de vez em quando, até ficar transparente e macia. Junte os tomates, o funghi com a água reservada, o sal e a pimenta-do-reino. Cozinhe, mexendo de vez em quando, por 20 minutos, ou até o molho encorpar. Nos últimos 5 minutos, misture a cebolinha verde, acerte o sal e retire do fogo. Cozinhe a massa al dente. Retire do fogo, escorra a água e distribua a massa nos pratos. Polvilhe com um poço de queijo ralado, cubra com o molho e sirva em seguida. Não esqueça de deixar o resto do queijo e alguns paezinhos ali, bem à mão. Dá conta de quase 500 gr de massa e serve bem 3 pessoas.

Este molho é leve, mas com personalidade, o que, para mim, pede um vinho refrescante... sugiro um frisante branco ou até mesmo um rosé leve.

Ah... no dia D, nós fomos de limoncello (licor italiano) geladinho, no lugar do cafezinho e da sobremesa. Perfeito para encerrar com chave de ouro, sem pesar demais.

Amore... tante grazie!

EU AMO BANANA!

Quando me perguntam qual é minha fruta predileta, a resposta é metralhada automaticamente: BANANA (de preferência a 'prata'). Eu simplesmente A-M-O. Não vivo sem! Não importa como se diz. Quer seja /bãnana/ ou /bánana/, pra mim é tudo a mesma coisa.

Estou falando nisso porque hoje recebi um desse tantos spans que rolam pelos e-mails da vida falando sobre a fruta dourada, e resolvi compartilhar.

Ah... Já aviso que veio sem a fonte, portanto reproduzo o texto entre aspas, para preservar os direitos de quem quer que o tenha escrito. As imagens vieram junto.

Leia com cuidado... garanto que vc nunca mais vera a banana com os mesmo olhos!

"Contendo três açúcares naturais; sacarose, frutose e glucose, combinados com fibras a banana vai te dar uma reserva instantânea de energia. Pesquisas provam que somente 2 bananas dão energia para 90 minutos de trabalho pesado. Não admira a banana ser o fruto mais consumido entre os atletas. Mas energia não é o único benefício que a banana traz, ela ajuda a prevenir um substancial número de doenças.

Depressão: De acordo com recentes estudos, a maioria das pessoas que habitualmente sofrem com depressões sentiram-se substancialmente melhor depois de comerem uma banana. Isto acontece porque a banana contém um tipo de proteína que o corpo converte em serotonina, substância que ajuda a relaxar e faz sentir melhor.

Anemia: Fortes em ferro, as bananas estimulam a produção de hemoglubinas e ajudam em caso de anemia.

Pressão Arterial: Este fruto tropical é muito rico em potássio e pobre em sal sendo perfeito para descer a pressão arterial. A Food and Drug Administration, nos Estados Unidos até permitiu aos produtores de bananas usarem isso como publicidade.

Cérebro: 200 estudantes comeram uma banana ao pequeno almoço, ao almoço e ao lanche e provou-se que o potássio presente no fruto ajudou-os a melhorar a sua concentração.

Obstipação: Ricas em fibras, a inclusão de bananas nas dietas ajuda a normalizar o trânsito intestinal, permitindo debelar os problemas sem o uso de laxantes.

Dor de cabeça: Uma das maneiras mais rápidas de curar uma dor de cabeça é fazer um batido de banana com mel. A banana acalma o estômago e com a ajuda do mel aumenta os níveis de açúcar no sangue enquanto o leite acalma e hidrata todo o teu sistema.

Cansaço matinal: Comer uma banana entre as refeições ajuda a manter os níveis de açúcar no sangue elevados, combatendo o cansaço.

Picadas de insectos: Quando for picado por um inseto, experimenta esfregar a zona afetada com a parte de dentro de uma casca de banana. A irritação vai acabar.

Nervos: Bananas são ricas em vitamina B, que acalmam o sistema nervoso. Pesquisas em 5.000 pacientes, chegaram à conclusão que os mais obesos são aqueles que têm trabalhos de muita pressão. O relatório concluiu que para combater isto, devemos controlar os nossos níveis de açúcar no sangue devendo consumir comida com muitos hidratos de carbono, como a banana.

Úlceras: A banana é usada nas dietas contra as desordens intestinais pela sua textura suave e por causa de ser um fruto muito macio. É o único fruto que pode ser comido sem causar distúrbios mesmo nos casos mais graves. Ela também neutraliza a acidez excessiva e reduz a irritabilidade criando uma camada nas paredes do estômago.

Controle de temperatura: Muitas culturas vêm a banana como um fruto 'calmante' porque consegue baixar a temperatura, quer física quer emocional, nas mulheres grávidas. Na Tailândia, por exemplo, é hábito as mulheres grávidas comerem bananas para se assegurarem de que o seu filho nasce com a temperatura correta.

Fumar: As bananas podem ajudar quem quer deixar de fumar. As vitaminas B6 e B12, o potássio e o magnésio que contêm, ajudam o corpo a recuperar dos efeitos da falta de nicotina.

Stress: O potássio é um mineral vital que ajuda a normalizar o batimento cardíaco, que auxilia a ida do oxigénio para o cérebro e que regula a repartição de água pelo corpo. Quando estamos 'stressados' o nosso metabolismo altera-se reduzindo os níveis de potássio. Podemos ajustá-los com a ajuda deste fruto, rico em potássio.

Cortes: De acordo com o 'New England Journal of Medicine', comer bananas regularmente pode reduzir o risco de morte por cortes até mais de 40%! Assim, a banana é um remédio natural para muitos males.

Acrescentado só uma coisinha, a banana ajuda a ajustar o organismo no chamado 'jet leg'. Para quem viaja de um continente para outro com muitas horas de diferença do fuso horário, comendo bananas, devido as propriedades do potássio, o organismo consegue ajustar mais depressa ao novo horário.

Comparando-a com a maçã, tem o quádruplo das proteínas, o dobro dos hidratos de carbono, três vezes mais fósforo, cinco vezes mais vitamina A e ferro e o dobro das outras vitaminas e minerais. É um fruto rico em potássio e uma das mais saudáveis comidas existentes".


AINDA DAS FÉRIAS: MENU TOP 5

Sim... ainda quero falar das férias. Me aguentem só mais um cadinho, vai?!? É que é tanta coisa ainda por dividir e tão pouco tempo! Sem falar que cheguei de viagem (aquele caos báaasico!)... o trabalho está uma loucura só... minha geladeira morrrrreu... eu já caí de cara num curso intensivo de uma semana... e outras tantas coisitas para ajeitar!

Mas... vamos lá! Um dos personagens principais de nossas férias foi o maravilhoso menu de nosso roteiro. Cada lugar com sua particularidade, claro, mas também com deliciosas surpresas. Eu e a Filósofa-Irmã elegemos um unânime TOP 5 que passo aqui para vcs, e do qual vc não pode (nem deve) se esquivar caso um dia vá por aquelas paragens:


TOP 1 - Foi o primeiro do ranking e tbm o primeiro a ser degustado no day-one de nossa aventura, lá em Olinda. No OFICINA DO SABOR, Eu fui de Jerimum FrevoÉ com Camarão e Lagosta no molho de Maracujá (receitinha aqui, ó!), acompanhado de Arroz de Côco Queimado (receitinha aqui tbm!). A Filósofa-Irmã foi de lançamento do cardápio: Cordeiro ao Molho de Tamarindo, com Arroz de Castanhas e Milho e Purê de Banana da Terra. Para 'temperar' toda esta riqueza: vista impagável da cidade de Recife, companhia doce-doce e cervejinha véu-de-noiva. Ai... ui...


TOP 2 - Em segundo, mas alí coladinho à pole position, está a nossa escolha no Restaurante SOLIMAR (Barra do Cunhaú-RN). Repare no tamanho da posta deste peixe (do tamanho do prato ao fundo!)! Ela sozinha forrou o estômago meu, da Filósofa-Irmã e do Filósofo-Sobrinho (que come como gente grande, visse?!). O peixe é o tal do Meca, um peixe de alto mar (aqui no Brasil só e achado perto de Fernando de Noronha) e do qual nunca havíamos ouvido falar! A carne é super tenra, saborosíssima e sem espinho algum! No Solimar ela é assada na brasa, temperada com um molho secreto, que é feito pelo próprio dono. Para acompanhar: pé enterrado na areia, trilha sonora vinda direto daquele 'lagoão' bão de criar pato, caipiroska e vento gostoso nas orelhas! Quer mais o quê?!?


TOP 3 - Em Barra de Camaratuba é tudo muito rústico, mas tbm deliciosamente pitoresco. A começar pela comida. No vilarejo não tem restaurantes, mas nas areias que cercam o encontro do Rio Guajú com o mar tem um quiosquezinho que faz uma Moqueca de Peixe com Camarões divina! De comer de joelhos! Chegamos lá já no final da tarde, quase na hora do quiosque fechar. Mas valeu à pena! Desfrutamos deste manjar com um pôr-do-sol de tirar o fôlego ao fundo. Prazer em dose dupla!



TOP 4 - Nem só de comer fora vivemos nesta aventura. Na véspera de Natal fomos ceiar na casa de amigos da Filósofa-Irmã em João Pessoa mesmo. Para retribui convite tão generoso eu preparei um pernil assado, guarnecido com batatas e cebolitas. Não é porque fui eu quem fiz não, mas o danado ficou uma diliça!!! Bem temperadinho... macio e tenro... desfiando de molhadinho... Sucesso total! Yummy-yummy! Agora... Esse aí, vc não vai precisar ir lááá para a terrinha para degustar, não! É só me pedir com jeitinho que eu faço.



TOP 5 - Last but not least... Em Natal, recebemos visita das Filósofas-Tias, lá de Fortaleza. Mimos e mais mimos... dengos e mais dengos... e delícias feitas com coisas da terra. Pois então, este aí é um doce de caju, com a castanha do dito, casadinho com queijo de qualho. Doce na medida, azedinho na medida, croc-croc na medida. Sobremesa mais perfeita impossível!

'TUMATE' ROXO

Como diz meu amigo Zé... ói que onda?!?
Foi a Renatina que me deu a dica.
Espia só...
Além de lindo, é saudável!!!
A
história toda, tin-tin por tin-tin, tá aqui ...





Photo by John Innes Centre

PROUD TO BE BLACK

No pic-nic de sábado rolou novidade gastronômica que garimpei num super lá no sul e tava doida para estrear: arroz preto Ruzene.

O arroz preto não tem nada a ver com o arroz selvagem, viu povo? Ele lembra mais o arroz integral, com um grão curto e levemente arredondado nas pontas, só que com coloração preta (dahn!). E, comparado ao irmão integral, o preto tem 20% a mais de proteína, 30% a mais de fibra, menos gordura e menor valor calórico.

Contam por aí que o arroz preto teve sua origem na China, há mais de 4 mil anos. Lá era chamado de 'arroz proibido', pois era consumido unicamente pelo Imperador. Cabendo aos seus súditos apenas a produção do grão. Provavelmente, desta exclusividade quase divinal, ele ganhou a fama de afrodisíaco.

Como notei que, mesmo ainda cru, seu aroma é bem rico, resolvi não apostar de cara numa versão solo. Então, misturei apenas 1/2 concha dele à duas xícaras do arroz normal e fiz a receitinha padrão. Apesar de ser preto, ao adicionar a água quente ele soltou uma pigmentação vinho, o que deu um tom rosado ao arroz branco, fazendo com que nossa opção de prato combinasse perfeitamente com nossa opção de copo, visualmente falando. No que diz respeito à impressão deixada nos outros sentidos sua textura é macia, com aroma e sabor acastanhados que, para mim, lembraram muito os da batatinha barôa. Gostei muito. A mistura foi na medida para acompanhar nosso strogonoff.

Agora, acho que sua versão ‘desacompanhada’ merecerá um prato menos adocicado para lhe fazer companhia, talvez uma carne assada (bovina ou suína). No site tem também receitas de paella e de risoto. Well... Food for tought. Literally...
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